Conselheiros usam o Fortaleza como exemplo para modelo de SAF
Um grupo de 54 conselheiros protocolou um requerimento com a sugestão da criação da SAF Náutico. O objetivo é ter a Sociedade Anônima do Futebol com 100% das ações do clube, assim como acontece com o Fortaleza, e criar uma alternativa para caso a negociação com o Consórcio Timbu não seja aprovada.
Na prática, o clube se tornaria uma SAF, mas sem ser vendido a um grupo de investidores. As cotas das ações podem ser negociadas de forma separada, inclusive para alvirrubros.
“Entendo que o executivo já deveria ter criado a SAF Náutico com o objetivo de se capitalizar com investimentos minoritários, como fez o Fortaleza. Se você tem um CNPJ SAF Náutico novo, com as ações em nome da associação Náutico, você viabiliza captar recursos diversos por meio dessa nova empresa”, disse Roberto Selva, um dos conselheiros que assinou o requerimento.
“É possível ter investimento próprio, entre pessoas ligadas ao clube, que hoje doam um valor importante, mas insuficientes, e poderiam aportar bem mais. Eles teriam uma garantia efetiva para receber de volta, reajustado, quando o Náutico efetivamente vier a vender a sua SAF”, completou.
SAF inspirada no Fortaleza
O Tricolor do Pici é o exemplo de modelo para a ideia sugerida pelos conselheiros. O Fortaleza tornou-se SAF com 100% do capital da associação, diferente do modelo feito por vários clubes que negociam 90% para investidores e seguem com 10%.
A SAF do Fortaleza foi aprovada com 94% dos votos na Assembleia Geral de sócios. O ex-presidente Marcelo Paz renunciou ao cargo e virou CEO da SAF do clube, definido por um Conselho de Administração.
O clube cearense busca vender no futuro uma parte minoritária da SAF para ampliar os investimentos. O objetivo é negociar de 15 a 20% das ações para investidores que sejam parceiros atuantes, apesar da parcela menor de atuação.
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