Azulão assinou vínculo com a marca no fim do ano passado; ASA e Penedense também têm contrato
Assim como o rival CRB, o CSA também foi notificado em relação à parceria com a Fatal Model. Neste sábado (29), a diretoria azulina se manifestou em relação ao imbróglio. A juíza Fátima Pirauá, da 28ª vara da Infância e Juventude da Capital, determinou que o clube suspendesse imediatamente a exibição da marca do site de acompanhantes em camisas oficiais e materiais acessíveis a crianças e adolescentes.
Advogado azulino, Bruno Alves informou, em nota divulgada pelo clube, que o Azulão trabalha para derrubar a liminar. Ainda de acordo com o texto, a decisão da Justiça de Alagoas será cumprida integralmente, tendo em vista o prazo estabelecido. Naturalmente, o departamento jurídico está á frente da discussão, que tende a se estender pelas próximas semanas.

Allan Max/CSA
Vale destacar que, assim como o Galo, o CSA vai precisar, caso não resolva a situação até voltar a campo, retirar a marca exibida. No caso do rival alvirrubro, foi colocada uma tarja preta no local do patrocínio. O Azulão tem desafio previsto no próximo dia 12 de abril, quando estreia na Série C contra o Anápolis, no Rei Pelé.
Confira, na íntegra, as notas de CSA e Fatal Model
O Centro Sportivo Alagoano (CSA) vem, por meio desta nota, informar que tomou ciência da decisão judicial proferida pela 28ª Vara da Infância e Juventude da Capital, determinando a suspensão imediata da exibição da marca “Fatal Model” em suas camisas oficiais e materiais promocionais acessíveis a crianças e adolescentes, bem como a retirada dos materiais já distribuídos. Em respeito ao Poder Judiciário e à legislação vigente, o CSA cumprirá integralmente a decisão, adotando todas as medidas necessárias para atender às determinações no prazo estabelecido.
Concomitantemente, o Departamento Jurídico do clube já está analisando os fundamentos da decisão e preparará os recursos cabíveis, com o objetivo de reverter a liminar, garantindo os direitos e interesses legítimos da instituição.
O CSA reforça seu compromisso com os valores esportivos e sociais, atuando sempre em conformidade com a lei, e manterá sua torcida e o público em geral informados sobre os desdobramentos do caso.
Fatal Model
A Fatal Model vem a público se posicionar sobre a decisão judicial que determina a suspensão da publicidade da empresa veiculada junto ao CSA. Cumpre reforçar, com isso, que a empresa não realiza ou intermedia qualquer prestação de serviço, apenas oferece um espaço para divulgação, assim como outros marketplaces amplamente utilizados no mercado. Além disso, adota medidas rigorosas para garantir que seu conteúdo seja acessado exclusivamente por maiores de idade.
Nenhuma peça publicitária da empresa contém material inapropriado ou incentivo a qualquer atividade ilícita. O patrocínio ao CSA e a outras entidades esportivas visa fortalecer o esporte e promover a inclusão e o respeito, especialmente aos profissionais do setor, cuja atividade é lícita e reconhecida pelo Ministério do Trabalho desde 2002.
É importante ressaltar que o futebol brasileiro é repleto de publicidades de diversos setores voltadas para o público adulto. Isso porque, com base na Constituição Federal, é assegurada a liberdade econômica e o direito das empresas de realizarem publicidade dentro dos limites legais. Entendemos, desse modo, que a atitude direcionada exclusivamente à nossa plataforma, pautada por campanhas focadas na dignificação de trabalhadores de um nicho reconhecido por lei, é no mínimo questionável. Acreditamos que o debate aberto e a busca por soluções não-enviesadas são essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.
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