Bruno Rodrigues explicou que o documentação da SAF coral está passando por ajustes burocráticos
O processo da SAF do Santa Cruz deixa os torcedores ansiosos e isso é o esperado. Essa é vista como a principal possibilidade de mudança do clube, para se reerguer. O processo tem demorado um pouco, mas o presidente coral, Bruno Rodrigues, explicou que está tudo dentro dos conformes e está próximo de avançar novamente.
De acordo com o mandatário, em entrevista à Rádio Jornal, o grupo de advogados contratados pelo Santa Cruz e pela Cobra Coral Participações S/A está terminando os últimos detalhes burocráticos do documento final. Assim que for finalizado, será encaminhado ao Conselho Deliberativo para ser discutido e votado. Bruno Rodrigues afirmou que a intenção é, na próxima semana, concluir esse trâmite e repassar ao Conselho.
“Não quero cravar para não haver uma desinformação, mas a próxima semana será decisiva para finalizarmos todo esse processo documental que está se arrastando ao longo de três meses. Está tudo encaminhado, mas tem toda a parte dos advogados, assessores econômicos, para fechar o documento final”, iniciou.
“Ele será fechado na próxima semana e, assim que estiver assinado, vou publicar o cronograma de como será o passo a passo do Conselho Deliberativo, onde o presidente Victor Pessoa de Melo vai convocar. Temos seis comissões temáticas para avaliar, é coisa rápida, e depois será marcada a votação do conselho. A reunião do Conselho, depois que marcarmos, é em oito dias. Aprovada no conselho, marcamos a AGE, que são 45 dias”, acrescentou.
Foto: Evelyn Victoria/Santa Cruz
Ou seja, assim que a documentação for repassada para os conselheiros, haverá a análise que não tem ainda um período para ser concluída. Porém, segundo Bruno Rodrigues, será “coisa rápida”. Assim, quando ela terminar, será marcada a reunião para acontecer oito dias depois com a votação da proposta da SAF.
Após essa reunião, o clube convocará a Assembleia Geral Extraordinária dos sócios (AGE), que acontecerá em 45 dias, com três convocações, como rege o estatuto do Santa Cruz. O presidente afirmou que é preciso seguir o regimento tricolor, mas que isso faz parte de todo o processo e não será um problema, apesar de toda ansiedade para a conclusão e aprovação da proposta.
“É processo regimental do estatuto e temos que cumprir isso, mas isso não atrapalha. Na realidade, quando você está num processo, depois de passar no Conselho Deliberativo, que se Deus quiser terá aprovação por ampla maioria ou unanimidade, a gente marca a AGE. Está tudo nos conformes. Eu entendo a ansiedade da torcida, tanto quanto a minha, mas ninguém no Santa Cruz quer essa SAF mais do que eu. Pode querer igual, porém mais que eu, não quer”, pontuou.
Foto: Divulgação/Santa Cruz
Pressões por aprovação da SAF no Santa Cruz
O mandatário do Santa Cruz afirmou que sofreu pressão para que aprovasse rapidamente a SAF no clube, ainda mais por ter o poder de ele mesmo decidir e assinar o documento e oficializar a venda de 90% das ações do clube. Entretanto, como prometeu ao assumir a presidência, ele disse que só faria com a aprovação do sócio em assembleia.
“Nesse momento, tenho que ter zelo com o clube e responsabilidade. As pressões que foram feitas, muitas vezes arregimentadas, em mim, não bate. Só vou fazer quando tiver convencido e puder levar para os órgãos do clube para aprovar. Eu não vou fazer de assinar qualquer SAF, o importante é fazer uma boa SAF. Ela é um passo definitivo para o clube. Estamos no caminho certo, unindo esforços para ter todos os detalhes e minúcias para amanhã não sermos questionados”, contou.
Foto: Reprodução/Cast FC.
Diante disso, Bruno Rodrigues contou que esse cuidado foi fundamental para que um projeto sério fosse implementado no Santa Cruz, passando a segurança necessária para que o clube possa voltar a crescer. Por fim, ele destaca que a postura que ele tomou foi a necessária neste momento do Tricolor.
“O que falta é a parte documental, burocrática, efetivamente. Os acertos já estão feitos, não tem fato novo, nenhuma dificuldade em relação a isso. Se você colocar num documento jurídico, eu que sou advogado, uma vírgula muda todo o texto. Então é isso que a gente tem que se precaver, ambos os lados, fazendo algo tranquilo porque é um passo definitivo”, disse
“Até dizem: ‘a SAF poderia ter saído mais rápido’. Até poderia, não sei, mas é mais importante para a gente fazer algo tranquilo, com calma e responsabilidade. Meu grande mérito disso foi a resiliência de aguentar pancada, crítica, mas fazer as coisas certas”, encerrou.
Foto: Evelyn Victoria/Santa Cruz
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