Esquadrão faz sequência de três jogos seguidos como mandante

Time do futebol brasileiro que mais jogou na atual temporada, o Bahia espera fazer valer a pausa no calendário. Levando em conta a intertemporada tricolor e como chega a equipe baiana para o jogo decisivo contra o Fortaleza, pelas quartas de final da Copa do Nordeste, o Podcast45 Minutos avaliou o que o técnico Rogério Ceni tem em mãos para a sequência.

Logo de cara, uma série de decisões. Além do confronto único diante do Leão do Pici, na Arena Fonte Nova, o Tricolor tem retomada da Série A, com o Atlético-MG e jogo de ida pelos playoffs da Copa Sul-Americana, contra o América de Cali-COL. Diante do cenário, o analista Ravel Pinheiro fez um balanço sobre o elenco tricolor.

“A gente está vendo a consolidação de um trabalho. A maturidade de um grupo que vem chegando cada vez mais a um nível de menos mexidas, menos chegadas e menos saídas. Isso, claro, desde 2023, quando a SAF passa a operar. A gente tem percebido um caminho de movimentos mais intensos no começo do ano”, iniciou.

“Só que, à medida em que o tempo passa, essas mudanças não necessariamente cobrem todo o elenco para o ano. Isso se dá por conta de lesões ou de jogadores que não conseguem entregar aquilo que se espera para o momento. A sobrecarga do calendário traz a necessidade de peças. E, para mim, é preocupante não ter chegado um goleiro”, completou.

Ravel chamou atenção para a inconsistência de Marcos Felipe ao decorrer da temporada, apontando falhas em momentos decisivos na fase de grupos da Libertadores – competição que o Esquadrão caiu ainda na fase de grupos. O analista destacou o setor defensivo como prioridade, mas seguiu reforçando a importância de ter um novo nome na meta.

“Me preocupa que essa letargia seja um indicativo de que o Bahia não vá fazer um grande movimento. Quanto mais você coloca a lupa de que existe uma necessidade, o mercado passa a pedir mais. Acho que esse é o grande problema que o clube tem em mãos. O Bahia está brincando com fogo ao não contratar um goleiro”, pesou.

Reprodução/Youtube

Como chega o Bahia para a decisão contra o Fortaleza?

Tendo em vista a sequência decisiva ‘puxada’ pelo duelo diante do Fortaleza, Ravel Pinheiro avaliou as possibilidades de rodagem do elenco – movimento que vem sendo executado pelo técnico Rogério Ceni. Na visão do analista, o fato da partida do Nordestão encabeçar a sequência fará com que o Tricolor mande a campo um time próximo do ideal.

“O Fortaleza é um adversário super traiçoeiro, um time copeiro. É um duelo onde você tem o maior nível técnico. São times que podem fazer frente um ao outro… Apesar de ver um Bahia favorito, é um confronto que tem brecha. Mas o Bahia tem um elenco suficiente para, neste primeiro momento, fazer mesclas sem perder qualidade”, analisou.

Para Ravel, o Esquadrão, naturalmente, irá priorizar o Brasileiro, tendo em vista que é a disputa que mais aproxima a equipe baiana de uma nova participação na Libertadores em 2026. Ele destacou nomes no elenco que não têm iniciado as partidas, mas podem ser importantes ao decorrer do corredor de jogos decisivos.

“Você tem um Michel Araújo que está bem, um Kayky, um Cauly, que estão, hoje, no banco. Existe uma espinha dorsal suficiente. E, aí, a tendência natural, é de que o time faça uma organização de minutagem nessa sequência. Vejo, sim, uma maior mesclada contra o América de Cali. Fica a boa notícia de iniciar essa retomada em casa”, finalizou.