Em comunicado oficial, o Rubro-negro se colocou à disposição para colaborar com as investigações
Após a eliminação do Sport para o Ceará na Copa do Nordeste, torcedores do clube voltaram a relatar casos de furto de bicicletas no bicicletário da Ilha do Retiro. O problema, segundo os relatos, já ocorreu em outras ocasiões e tem se tornado recorrente nos dias de jogo. A falta de segurança e de suporte por parte do clube tem gerado indignação, especialmente entre aqueles que utilizam a bicicleta como meio de transporte para ir ao estádio.
Um torcedor, que preferiu não se identificar, contou que a falta de câmeras ou a não disponibilização das imagens para investigação por parte do clube tornam quase impossível a recuperação dos bens furtados. Ele citou como exemplo que um amigo dele foi furtado em janeiro na Ilha.
“Lá no bicicletário não tem câmera. Se tem, o clube não fornece. Não adianta. A gente foi atrás, procurou advogado, falou com algumas pessoas e usou todos os contatos possíveis. Dizem que não há câmeras e que o clube não se responsabiliza. É comum quase todo jogo uma bicicleta ser furtada. Já ajudei quatro amigos da torcida com cotações para comprar bicicletas novas. A recomendação é, ‘vocês vão gastar tempo e recurso, porque não vai ser ressarcido’. Comprar uma bike nova é a solução mais viável. Falo por quem tentou todas as esferas possíveis”, comentou.
Arquivo Pessoal/Divulgação
“Esse bicicletário da Ilha do Retiro não possui nenhum segurança. Diversos amigos nossos já foram roubados. Inclusive, o último foi de um amigo nosso que tem uma bicicleta e usa ela para trabalho. Ele foi para o jogo por ser mais viável naquele dia ir de bicicleta. Colocou no cadeado tudo certinho”, comentou.
Ele também criticou a vulnerabilidade da área e a atuação de grupos suspeitos nas redondezas do estádio rubro-negro.
“Infelizmente, a Ilha do Retiro e aquela região estão empestadas de uma quadrilha que tem lá. Não sei se vem de alguma comunidade próxima. E eles andam com cadeado, provavelmente. Estouram o cadeado pequeno, corrente pequena, frágil. Eles estouram facilmente e levam a bicicleta. O clube não disponibiliza nenhuma segurança para o bicicletário”, disse.
O torcedor ainda relatou a dificuldade em conseguir imagens de câmeras, além da ausência de apoio por parte da segurança do clube.
“Foi o caso do nosso amigo, ele foi lá, correu, pediu ajuda até de advogados para ver se conseguia as imagens da câmera. A segurança do Sport não disponibiliza, fica enrolando. No final, não dá. A gente se juntou, fez uma cotinha, comprou outra bicicleta porque era necessário para ele trabalhar. E não só ele, como outras vítimas”, comentou.
Sede da Ilha do Retiro, estádio do Sport — Foto: Anderson Stevens / Sport Club do Recife
Por fim, ele fez um apelo ao clube, cobrando responsabilidade e medidas mais eficazes para proteger o patrimônio dos torcedores.
“Há relatos de muitas pessoas que foram furtadas e o clube não faz nada. A direção do clube, em si, não tem nenhuma preocupação com aquele bicicletário. Não deveria existir uma segurança? Não deveria existir alguém que pudesse fazer alguma coisa ali de útil para que seja viável o torcedor ir para um jogo, que ele paga ingresso, com sua bicicleta, seu bem. E quando o bem é furtado, o clube não se responsabiliza, mesmo sendo nas suas dependências. Então é um fato complicado”, finalizou.
Posicionamento do Sport sobre o caso
Em nota oficial, o time rubro-negro se manifestou sobre o ocorrido e informou que orientou o torcedor a procurar as autoridades competentes
“O Sport Club do Recife informa que tomou conhecimento do fato ao ser procurado pelo torcedor afetado. O mesmo foi orientado a registrar um Boletim de Ocorrência (BO) junto à autoridade policial e solicitar a disponibilização das imagens de segurança que possam contribuir com a identificação do autor do ato. Até o presente momento, o Sport ainda não foi notificado oficialmente.
O Sport reitera seu compromisso com a segurança dos seus torcedores e está à disposição para colaborar com as investigações”
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