Diretoria tricolor busca um nome para substituir Vojvoda
Após quatro anos, o Fortaleza está no mercado em busca de um novo técnico com o fim da Era Vojvoda, oficializada na segunda-feira (14). Na análise do Podcast45, o nome de Thiago Carpini, demitido do Vitória na última semena, surge como o perfil adequado para a necessária reação na Série A. Já Luis Zubeldia, ex-São Paulo, é visto como uma opção com mais lastro, porém com o custo elevado e menos direcionado ao projeto de curto prazo.
Outro nome especulado no Pici foi o de Ramón Díaz, que teve passagem no Vasco e no Corinthians, mas o argentino deve ser oficializado como técnico do Olímpia, do Paraguai.
“Até pela montagem do elenco, eu imagino que eles vão atrás de um nome com uma bagagem mais sul-americana. Eu imagino que o foco vai ser o Zubeldía. Ele conseguiu, em alguns momentos, trabalhar muito bem em um cenário de mais restrição no São Paulo. Se a ideia é focar apenas na Série A, Carpini pode ser essa outra possibilidade. A questão salarial também é muito significativa. Carpini é um valor muito mais acessível e não sei o quanto o Fortaleza vai querer investir”, comentou Thiago Minhoca.
“Acho que deve ficar entre esses dois. Ou se o clube vai fazer uma aposta tal qual fez no Vojvoda, o que eu acho mais complicado. Tem quer um técnico que entende o contexto do Campeonato Brasileiro, de viagens longas. Talvez Carpini entenda mais sobre isso”, continuou.
Enquanto Kauê Diniz vê o nome do brasileiro como uma escolha mais arriscada: “Zubeldía teria uma transição mais fácil, pelo estilo de jogo. Carpini pode mostrar um futebol melhor, mas acho que teria um certo risco nas escolhas, poderia dar uma derrapada se tentasse mudar muito. Mas o técnico que chegar precisa ter o respaldo da gestão para tomar certas decisões no elenco. Talvez Zubeldía tenha um lastro maior”.
O cenário do Fortaleza, para Fred Figueiroa, exige uma solução imediata. Por isso, considera Carpini como o nome mais condizente, já que carrega no currículo a campanha de recuperação do Vitória no ano passado, quando, além de livrar o Rubro-negro do rebaixamento, ainda garantiu uma vaga na Copa Sul-Americana.
“Qualquer treinador que chegar e deixar a equipe em 16º vai ser um herói. Ainda tem uma Libertadores para seguir carreira. Isso pode ser uma isca para Zubeldía. Mas depois do trabalho no São Paulo não sei se ele pegaria o Fortaleza nesse cenário. Eu iria em Carpini, porque o Fortaleza precisa agora é salvar o ano, não de pensar em construções ou em manter um padrão que definhou”, disse o jornalista.
Cassio Zirpoli seguiu a mesma linha de análise e ressaltou que, diante do cenário atual, o Leão do Pici precisa ajustar as expectativas e mudar o estilo de jogo.
“Carpini tem o perfil que o Fortaleza precisa. O clube tem que dar um passo para trás nesse momento. Talvez o nome não seja o que o Fortaleza desejaria para iniciar a temporada. Por outro lado, para o restante de 2025, parece ser o mais adequado, porque o clube precisa ficar na Primeira Divisão. Time impositivo e elenco caro vão ter que ser deixados de lado nessa momento. Precisa jogar de um jeito que o time não faz há alguns anos, não se comportar como um time de G-10. Mas ser mais fechado, reativo, valorizando cada ponto”, destacou.

Zubeldía era o técnico da LDU na final da Sul-Americana contra o Fortaleza. Foto: Cassio Zirpoli/NE45
0 comentários