Patativa recorreu da decisão e classificou prova como inconclusiva
Em sessão realizada na tarde desta quarta-feira (30), o Central foi punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pela denúncia de racismo no jogo contra o América-RN, que aconteceu no Lacerdão, em Caruaru. A partida foi válida pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro da Série D.
De acordo com a decisão da entidade, a Patativa terá que arcar com multa de R$ 50 mil, além de precisar cumprir três jogos de portões fechados e realizar campanha antirracista nas redes sociais oficiais do clube. Em conversa com o NE45, o presidente alvinegro, Sivaldo Oliveira, afirmou que o clube já recorreu.
Ainda segundo o mandatário, as imagens utilizadas para a análise do crime denunciado não são conclusivas no que diz respeito à ligação do torcedor com o Central. Caso efetivada, a punição deverá ser cumprida no mata-mata da Série D, na qual o time caruaruense tem pelo menos mais dois jogos garantidos, contra o Lagarto-SE.

Foto: Reprodução/América-RN
Relembre o episódio em Central x América-RN
O caso aconteceu após o apito final do confronto que terminou com vitória potiguar, no último dia 4 de maio. Saindo de campo, o goleiro Renan Bragança afirmou ter sido chamado de macaco por um torcedor do Central, que também, de acordo com a denúncia, teria feito gestos racistas direcionados ao jogador alvirrubro.
Ainda após a partida, o arqueiro utilizou as redes sociais para comentar sobre o episódio e direcionar fala aos torcedores que estavam enviando apoio. “Estou tranquilo e com a cabeça boa, isso não me abala e sei que sou muito mais que isso. Seguimos de cabeça erguida. Muito obrigado pelas mensagens. Racismo é crime”, disse.
Em notas, o América-RN e a Federação Norte-Rio-Grandense de Futebol (FNF) repudiaram o caso e se colocaram à disposição para impulsionar investigações. “O racismo e a discriminação racial são crimes e violam os princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos”, escreveu o clube.
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