Azulão passa por mudanças internas enquanto busca reencontrar caminho vitorioso dentro das quatro linhas
Os bastidores do CSA seguem movimentados. Nas últimas 24h, além da saída do técnico Márcio Fernandes, e do consequente retorno, 14 dias após demissão, do treinador Higo Magalhães, foi a vez do superintendente de futebol, Luciano Lessa, se despedir. O profissional entregou o cargo após se sentir ‘desprestigiado’ na negociação que selou a troca no comando.
Em carta aberta divulgada nas redes sociais, Lessa destacou que soube da recontratação de Higo através da imprensa. Na visão do agora ex-superintendente, o episódio rompe com um modelo participativo que vigorava internamente entre os departamentos do clube. Foi a gota d’água para o distrato entre as partes.
“Entrego o meu cargo pela condução do processo e suas implicações óbvias. Sem ter sido consultado sobre o retorno do treinador e tampouco tendo participado do contato, resta claro que minhas funções naturais de diálogo e cobrança com a comissão técnica e com o elenco se tornariam inviáveis daqui em diante”, disse.

Foto: Augusto Oliveira/CSA
Em meio às turbulências internas, o Azulão luta para se classificar à próxima fase da Série C. Hoje, o time é o 9º colocado na tabela, com 21 pontos – empatado com o Ypiranga-RS, último time na zona de classificação. O próximo compromisso azulino será neste sábado (16), quando recebe o Ituano, no Rei Pelé.
Abaixo, confira carta do ex-superintendente do CSA na íntegra
“Tenho acompanhado as movimentações no clube. As decisões da atual gestão sempre foram tomadas em conjunto, incluindo a que levou ao desligamento do técnico Higo Magalhães no fim de julho. Esse modelo participativo sofreu uma ruptura brutal no dia de ontem. Através da imprensa, tomei conhecimento de um acerto entre clube e treinador para um retorno. Friso, aqui, que sempre tivemos boa relação durante o seu período à frente da equipe, sem qualquer espécie de atrito pessoal.
Entrego o meu cargo de Superintendente de Futebol do CSA pela condução do processo e suas implicações óbvias. Sem ter sido consultado sobre o retorno do treinador e tampouco tendo participado do contato, está claro que minhas funções naturais de diálogo e cobrança com a comissão técnica e como elenco se tornariam inviáveis daqui em diante.
Assumi a missão de liderar o departamento de futebol do clube há mais de um ano e pude ajudar o Azulão a sair de uma situação extremamente delicada na Série C. Em 2025, voltamos à semifinal da Copa do Nordeste, avançamos o maior número de fases da história na Copa do Brasil e seguimos vivos no Campeonato Brasileiro. Com coragem e honra, entrei; com coragem e honra, saio.
Tenho fé e esperança na classificação para a próxima fase da Série C. Sigo à disposição para ajudar na transição e no que for preciso, sempre pensando no bem do clube, acima de qualquer sentimento pessoal. Pra cima, CSA, tua grandeza não permite recuar”.
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