Diretoria azulina também notificou Governo de Alagoas sobre conduta policial em meio a conflitos com torcedores
A diretoria do CSA se movimentou nos bastidores após o jogo contra o Ituano, no Rei Pelé. Os azulinos protocolaram representação, destinada ao presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), contra a arbitragem liderada por Maguielson Lima Barbosa, do Distrito Federal. Daniel Henrique da Silva e Lucas Costa Modesto fecharam o trio.
No documento formulado pelo Azulão, com vídeos e fotos anexados, o clube lista lances considerados erros graves e determinantes para o empate amargo em Maceió. A diretoria cita os dois gols anulados, sendo um deles marcado nos acréscimos, pelo estreante Ciel. Com a anulação, o placar final foi de 2 x 2.
Ainda no texto, a diretoria pede que os erros pontuados sejam apurados de maneira coerente, além de solicitar o uso do VAR com arbitragem FIFA a partir da próxima rodada na Terceirona. O CSA tem Ponte Preta, novamente no Rei Pelé, e Brusque, fora de casa, na sequência final da primeira fase. Confira detalhes do ofício abaixo:
- Que seja instaurado procedimento para apuração dos erros e da conduta inadequada do árbitro Maguielson Lima Barbosa e sua equipe, com aplicação das sanções disciplinares cabíveis;
- Que, diante da relevância e da fase decisiva da competição, seja determinada pela CBF a utilização do VAR e a designação de árbitros do quadro FIFA para a condução das duas últimas rodadas da Série C 2025, assegurando maior rigor técnico e transparência;
- Que esta representação seja juntada aos autos administrativos e desportivos competentes, com ciência ao Tribunal competente, se necessário, para análise de eventual responsabilização disciplinar.

CSA quer mudanças para sequência da Série C. Crédito: Augusto Oliveira/CSA
CSA notifica Governo sobre atuação policial
A anulação do gol de Ciel, nos acréscimos, desenhou um ambiente de insatisfação nas arquibancadas. Se dentro de campo comissão e membros da diretoria cobraram a arbitragem com palavras de protesto, a torcida azulina se manifestou com objetos jogados em direção ao gramado. A súmula da partida, aliás, traz detalhes sobre o episódio.
No documento, o árbitro, para além dos copos descartáveis atirados, o árbitro relatou que houve confronto na arquibancada, com arremesso de bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo por parte da polícia. Em resposta a atuação policial, o CSA enviou ofício ao Governo de Alagoas solicitando apuração e providências.
O clube destacou a imagem de um pai ensanguentado após ser atingido na cabeça, enquanto tem o filho, uma criança, próxima. Para o CSA, a cena ultrapassa a esfera esportiva e simboliza a gravidade do que aconteceu nas arquibancadas do Rei Pelé. Veja, abaixo, o que pede a diretoria:
- A apuração rigorosa do ocorrido, com abertura de procedimento administrativo para verificar eventuais abusos cometidos por agentes de segurança;
- O encaminhamento de informações oficiais a este Clube acerca da operação policial realizada no Estádio Rei Pelé na referida partida;
- A adoção de medidas preventivas, em conjunto com este Clube, a Federação Alagoana de Futebol e demais órgãos competentes, visando garantir que situações semelhantes não voltem a ocorrer;
- A responsabilização daqueles que, por ação ou omissão, contribuíram para os episódios de violência e abuso de poder, com a devida reparação aos torcedores atingidos.
Abaixo, confira nota completa da PM de Alagoas
A Polícia Militar de Alagoas (PM-AL) vem a público manifestar-se a respeito do ocorrido na noite deste sábado (16), no Estádio Rei Pelé, durante a partida entre CSA e Ituano, válida pela Série C do Campeonato Brasileiro.
Ao final da partida, a PM registrou casos de confusão generalizada dentro e fora da praça esportiva. Durante a intervenção, diversos objetos contundentes foram arremessados na direção do campo, do árbitro e também contra os policiais. Em um dos casos, durante procedimento de desocupação da arquibancada, um homem de 29 anos foi preso por desacato. Ele resistiu à ação da PM e também estava entre os que arremessaram objetos. Foi necessária a intervenção do Pelotão de Choque.
Imagens do circuito de videomonitoramento do estádio mostram claramente aglomerados de torcedores atacando as patrulhas, incitando a violência, arremessando objetos, desferindo socos e pontapés contra os agentes de segurança pública e causando confusão por onde passavam.
Para preservar a integridade física dos militares e das famílias que estavam no local, foi necessário empregar o uso da força, incluindo a utilização de instrumentos de menor potencial ofensivo, como disparos de elastômero, para dispersar os envolvidos e neutralizar o ataque. Os militares feridos receberam atendimento médico no local.
0 comentários