O mesmo Rodrigo já assumiu o Leão da Barra em 2020 e espera livrar a equipe do rebaixamento
Na quarta-feira (3), o Vitória efetivou o treinador Rodrigo Chagas como o novo comandante da equipe principal. O profissional vem para sua segunda passagem como técnico efetivo do Leão da Barra. Em sua coletiva de apresentação, Chagas se mostrou ciente da necessidade de resultados rápidos, mas também pregou paciência em seu objetivo.
“Temos carta branca para trabalhar, buscar o que é melhor para que o clube possa ter desenvolvimento. E resultado é tudo na vida. Hoje o cenário é esse. Rodrigo é funcionário do clube, buscando fazer o melhor para o Vitória. E dizer também a aceitação dos atletas com a minha pessoa. Nós temos um grupo muito bom que vai se sobressair desse momento ruim.”

Rodrigo Chagas, técnico do Vitória – Foto: Victor Ferreira/EC Vitória
O movimento é o primeiro na gestão de Fábio Mota e o sétimo na história rubro-negra recente, que já apostou algumas vezes na “solução caseira” em momentos de crise. Confira os últimos sete trabalhos feitos por interinos efetivados no Vitória.
Ricardo Silva (2010)
Auxiliar de Vagner Mancini em 2009, Ricardo foi efetivado para a temporada 2010 após o clube romper com seu antigo treinador. Silva comandou o Rubro-Negro em uma das temporadas mais lembradas do clube. Com ele, o Leão conquistou seu segundo tetracampeonato estadual no século e chegou à final da Copa do Brasil. Nesta passagem, ele fez 63 jogos e teve 36 vitórias, 11 empates e 16 derrotas.
Depois de uma sequência de quatro jogos sem vencer na Série A, Ricardo foi substituído por Toninho Cecílio. Entretanto, o auxiliar voltou a ser efetivado pouco mais de um mês depois, pois o Vitória demitiu Toninho e recorreu a seu “auxiliar-bombeiro”.
Entretanto, Silva fez apenas oito jogos nesta segunda passagem. Ele começou com dois empates e dois triunfos, mas não se sustentou após ter quatro derrotas seguidas. O clube decidiu contratar Antônio Lopes e terminou rebaixado para a segunda divisão.

Ricardo Silva, ex-treinador do Vitória – Foto: Divulgação/EC Vitória
Ricardo Silva (2012)
Em 2012, Ricardo era o auxiliar técnico fixo do Leão e chegou a assumir como interino depois da saída de Toninho Cerezo, mas foi efetivado quando Paulo César Carpegiani pediu demissão em outubro. O então presidente, Alexi Portela, confirmou que Silva faria os últimos sete jogos daquela Série B. Entretanto, saiu do comando após uma vitória e duas derrotas, dando lugar a Paulo César Gusmão, que garantiu o acesso para a Série A.
Carlos Amadeu (2019)
Carlos era funcionário do Vitória quando foi escolhido para assumir a equipe principal durante a Série B. Quarto treinador da equipe naquela temporada, ele recebeu o time na zona de rebaixamento do torneio e assumiu depois da demissão de Osmar Loss.
Em setembro, não resistiu a duas derrotas seguidas mesmo depois de ter atingido uma sequência de sete partidas de invencibilidade. O treinador fez nove jogos, venceu três, empatou quatro, perdeu dois e foi substituído por Geninho. Mesmo assim, a equipe terminou na 12ª posição e evitou o rebaixamento.

Carlos Amadeu, ex-treinador do Vitória – Foto: Divulgação/EC Vitória
Bruno Pivetti (2020)
Contratado em 2019 para ser coordenador das categorias de base do Vitória, Pivetti também trabalhou como auxiliar técnico de Geninho, que foi demitido em junho de 2020. Com isso, ele assumiu para a disputa da Série B, onde teve quatro triunfos, nove empates e seis derrotas. Deixou a equipe na 11ª posição e deu lugar a Eduardo Barroca.

Bruno Pivetti – Foto: Divulgação/EC Vitória
Rodrigo Chagas (2020)
Contudo, Barroca conquistou apenas uma vitória em nove jogos e deixou a equipe na 16ª posição da Série B, dando lugar ao então treinador da equipe sub-20, Rodrigo Chagas. O ex-lateral do Leão fez quatro partidas como interino e conquistou dois triunfos, um empate e uma derrota. A diretoria, então, decidiu substituí-lo por Mazola Júnior.
O substituto assumiu pressionado não só pela situação da equipe, mas também pelo bom desempenho de Chagas. Com isso, Mazola perdeu três dos quatro jogos e a diretoria rubro-negra voltou atrás e efetivou Rodrigo.
Como treinador principal, ele ajudou o time a evitar o rebaixamento para a Série C, ganhando uma renovação de contrato para a temporada 2021. Entretanto, o time foi eliminado nas semifinais da Copa do Nordeste e na primeira fase do Campeonato Baiano. Ao todo, o treinador fez 30 jogos, com 11 vitórias, 13 empates e seis derrotas.
Rodrigo Chagas não resistiu a uma sequência de cinco jogos sem vencer, deixou o comando do time principal depois de apenas duas rodadas na Série B de 2021 (continuou como funcionário do clube). Ramon Menezes e, posteriormente, Wagner Lopes assumiram a equipe, mas não evitaram o rebaixamento para a terceira divisão.
Rodrigo Chagas (2025)
De volta após quatro anos, Rodrigo assume o Leão da Barra num contexto complicado. Em 2025, o Rubro-Negro acumula vexames, como as eliminações para o Náutico na Copa do Brasil e para o Confiança na Copa do Nordeste, além de deixar a Sul-Americana na primeira fase e sofrer a segunda pior derrota de sua história no 8 a 0 contra o Flamengo.
Terceiro treinador do time no ano, Chagas assume após as demissões de Thiago Carpini e Fábio Carille. Ele começou com pé direito ao vencer o Atlético-MG por 1 x 0 na estreia, no domingo (31).
Atualmente, o Vitória é o 17ª colocado e abre a zona de rebaixamento, com 22 pontos e um jogo a mais que o Santos, primeiro clube fora do Z-4. O próximo duelo é no dia 13 de setembro, contra o Fortaleza, às 16h no Castelão, pela 23ª rodada da Série A.

Rodrigo Chagas, novo treinador do Vitória – Foto: Reprodução/TV Vitória
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