Clube deve negociar com credores para recuperação judicial

O Santa Cruz anunciou nesta quarta-feira (29), a abertura da Campanha de Mediação Extrajudicial, iniciativa autorizada pela Justiça dentro do processo de recuperação judicial do clube. O objetivo é oferecer aos credores uma oportunidade de diálogo direto e de composição de créditos em condições homologadas pelo Poder Judiciário.

As rodadas de mediação ocorrerão na sede do Santa, em formato presencial e virtual, nos dias 4, 11, 18 e 25 de novembro, sempre das 9h às 12h e das 13h às 17h. O clube informa ainda que, além dessas datas, permanece disponível para promover mediações individuais ou por outros meios, buscando atender de forma flexível e acessível os diferentes perfis de credores.

Os interessados em participar da campanha devem realizar um agendamento. Em nota, o Santa Cruz reafirmou seu empenho em resolver de maneira célere e consensual as pendências financeiras, destacando que o processo de mediação é um passo importante para a construção de soluções justas e sustentáveis na retomada da estabilidade econômica do clube.

COMUNICADO AOS CREDORES pic.twitter.com/XEMRLqvdQH

— Santa Cruz F.C. (@SantaCruzFC) October 29, 2025

Importância para a SAF do Santa Cruz

O processo foi autorizado pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que também aprovou a liberação de R$ 7,7 milhões referentes ao DIP, modalidade de financiamento voltada a empresas em recuperação judicial. Esse tipo de crédito funciona como um aporte emergencial para garantir a continuidade das operações e apoiar o processo de reestruturação.

O valor foi integralmente disponibilizado pelos investidores da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube, a Cobra Coral Participações S.A., em cumprimento ao acordo previsto na proposta vinculante. A recuperação judicial tem como objetivo organizar as dívidas e negociar com os credores, estabelecendo um plano financeiro viável e aprovado pela Justiça.

Essa etapa é fundamental para que o Santa Cruz consiga consolidar a estrutura da SAF de forma sólida. Em muitos casos, o avanço do modelo societário depende da regularização das pendências e da criação de um ambiente de segurança jurídica que garanta confiança ao mercado e aos parceiros financeiros.

Foto: Rafael Melo/Santa Cruz