As declarações do presidente do Leão da Barra incomodaram a cúpula de futebol do Leão da Ilha
Em meio à troca de declarações entre Sport e Vitória sobre a situação dos goleiros Thiago Couto e Gabriel Vasconcelos, o diretor geral rubro-negro, Enrico Ambrogini, concedeu entrevista exclusiva ao NE45 para explicar o cenário pelo lado do Rubro-negro pernambucano, e rebater as afirmações do presidente do Leão da Barra, Fábio Mota.
Segundo o dirigente leonino, não há qualquer divergência no contrato: a multa pela utilização de Thiago Couto é de R$ 1,5 milhão, e não de R$ 1 milhão, como vem afirmando o mandatário baiano. Enrico explicou que, na troca, qualquer clube que utilizasse o jogador cedido pelo outro em um eventual confronto teria que pagar multa.
O diretor lembra que a tentativa de acordo partiu do Vitória, após Gabriel Vasconcelos, suspenso, ficar impossibilitado de atuar. Com a necessidade de escalar Thiago Couto, os baianos buscaram uma alternativa para reduzir o impacto financeiro.

Thiago Couto, Vitória, Gabriel Vasconcelos, Sport – Foto: Reprodução
“A multa, de fato, é R$ 1,5 milhão. Como o Gabriel Vasconcelos está suspenso e não ia jogar, o Fábio Mota nos procurou para tentar fazer algum acordo. Porque o Vitória teria que colocar o Thiago Couto para jogar, senão teria que escalar um terceiro goleiro”, iniciou.
“Então foram se criando factoides para deturpar a situação. O Gabriel Vasconcelos tem mais três anos de contrato lá, e o Thiago Couto tem contrato com a gente. Mas já deixamos claro para o Gabriel Vasconcelos que gostaríamos de contar com ele para o ano que vem, mas não falamos diretamente com o Vitória”, completou.
O dirigente também detalhou que houve, sim, conversas preliminares sobre possíveis ajustes, inclusive ligados à dívida do Sport com o Vitória pela chegada do atacante Léo Pereira, no valor aproximado de R$ 300 mil. Mas reforça que nenhum valor foi depositado até o momento.
Enrico Ambrogini ainda reforçou que o Sport deseja receber os R$ 1,5 milhão integralmente, e que a dívida referente a Léo Pereira seria ajustada posteriormente: “Se o Vitória quiser depositar R$ 1,5 milhão em cinco dias, ótimo. Usaremos R$ 300 mil para quitar Léo Pereira. Mas a multa é essa e ponto final”, enfatizou.
Possível troca entre goleiros
Nos últimos dias, declarações de Fábio Mota colocaram em dúvida o futuro de Gabriel Vasconcelos no Recife e indicaram que Thiago Couto teria interesse em permanecer em Salvador. O mandatário do Leão da Barra, inclusive, afirmou que Gabriel Vasconcelos não teria interesse em seguir no Sport. Fato negado pelo diretor Rubro-negro.
“Se o Thiago Couto quer ficar lá, o Vitória tem que fazer uma proposta. Se o Gabriel Vasconcelos quer ficar aqui, eu tenho que fazer uma proposta. Não é tão simples. Nada disso que disseram é verdade. Gabriel Vasconcelos está fazendo excelentes jogos aqui, tem o carinho da torcida. E nós temos interesse nele.
Segundo apuração do NE45, Gabriel Vasconcelos está adaptado ao Recife, feliz no clube e mantém interesse em continuar para 2026, pois se sente valorizado na Ilha do Retiro. No entanto, qualquer negociação dependerá do cenário político e financeiro do Sport, que atualmente não tem orçamento definido.
“Cortina de fumaça”
Encerrando a entrevista, Enrico Ambrogini afirmou que as declarações do presidente Fábio Mota têm como objetivo “tirar o foco” da multa: “Foram criados factoides para desviar do ponto principal: a multa será devida. Não há acordo, não há troca. A verdade é simples e está documentada”, finalizou.









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