Ainda durante a partida, atleta do CSA relatou o ocorrido ao árbitro
No estádio Colosso da Lagoa, em Erechim-RS, Ypiranga e CSA empataram em 1 x 1, no último domingo (7), pela Série C. O jogo, no entanto, foi marcado por mais um caso de racismo no futebol. O atleta Tomas Bastos, do clube alagoano, relatou ao árbitro que foi chamado de “macaco” por uma torcedora na arquibancada. O CSA, na manhã desta segunda, publicou uma nota de repúdio ao caso.
Segundo o árbitro Luiz Augusto Silveira Tisne (SC), na súmula do jogo, o fato aconteceu aos 37 minutos da primeira etapa e que, após a partida, foi realizado um Boletim de Ocorrência (BO).
“De acordo com o atleta, a torcedora proferiu a seguinte frase: “Vai logo, macaco”, quando este estava buscando a bola perto da arquibancada para cobrar o escanteio. O jogo ficou paralisado por dois minutos para identificação da torcedora pela brigada militar e pelo atleta do CSA”, relatou o árbitro no documento.
Nota do CSA
Em nota, o clube lamentou o ocorrido e afirmou que repudia qualquer tipo de discriminação. O CSA colocou com “inadmissível” que casos assim ainda aconteçam em 2023 e que espera que os responsáveis respondam pelos seus atos.
Confira a nota completa
“O Centro Sportivo Alagoano lamenta profundamente mais um caso de racismo no futebol. Durante a partida deste último domingo, diante do Ypiranga, pela segunda rodada da Série C do Campeonato Brasileiro, o atleta Tomas Bastos foi vítima de injúria racial por parte de torcedores adversários.
Repudiamos veementemente qualquer tipo de discriminação, que precisa ser combatido em qualquer situação. É inadmissível que ainda ocorram fatos desse tipo em 2023, não há espaço para racismo.
O clube reforça que sempre luta contra o racismo, com campanhas e lançamentos de camisas. Em 2021, por exemplo, o CSA entregou uma camisa com a frase “Diga não ao racismo” para o atleta Celsinho, do Londrina, que na época também havia sofrido injúria racial.
Reiteramos todo o nosso apoio ao atleta Tomas Bastos neste momento e informamos que um Boletim de Ocorrência (BO) foi feito logo após o fim do jogo. O Azulão repudia todo e qualquer ato de preconceito e espera que os responsáveis respondam pelos seus atos.”
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