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Destaque das Mulheres de Aço, Nathane avalia 1ª experiência no Nordeste e exalta projeto do Bahia: “Quer crescer no futebol feminino”

Futebol de Mulheres, BA, Bahia, Últimas

Por Vittória Fialho

Por Vittória Fialho

Postado dia 26 de maio de 2023

Atacante detalhou temporada de sucesso pelas Mulheres de Aço em entrevista exclusiva ao NE45

O Bahia faz a melhor campanha da sua história no Brasileiro Feminino A1. De volta à elite após uma temporada, as Mulheres de Aço até mantiveram boa base, mas a ida ao mercado foi proveitosa: 15 novas jogadoras desembarcaram na Cidade Tricolor. Entre elas, a experiente atacante Nathane que, após 13 anos de carreira, chegava para viver a sua primeira experiência no futebol nordestino.

Com currículo extenso, a centroavante de 32 anos saiu de São Mateus, no Espírito Santo, para rodar o Brasil. Vestiu camisas de Atlético-MG, Ipatinga, Minas Brasília, Iranduba, Flamengo, Grêmio e Ferroviária, onde teve maior destaque, conquistando o Brasileiro A1 de 2019 e o vice-campeonato da Libertadores como artilheira. Fora, teve breve passagem na Coreia do Sul.

Agora com as Mulheres de Aço, Nathane aposta no projeto promissor do Esquadrão junto ao Grupo City – fator, de acordo com a jogadora, determinante para o acerto com o clube baiano. E o ‘casamento’ tem dado certo. Artilheira do Bahia e uma das principais goleadoras da competição, a atacante soma 7 gols em 11 jogos.


Em entrevista exclusiva ao NE45, a goleadora comentou a boa temporada individual, avaliou a preparação para a reta final da primeira fase do Brasileiro, rasgou elogios à torcida tricolor e projetou um Bahia ainda mais forte no futuro.

Entrevista com Nathane, atacante e artilheira do Bahia

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Nathane, atacante do Bahia. Crédito: Letícia Martins/ECB

NE45: Você chegou ao Bahia em um momento importante para o clube. Além da oportunidade de voltar a jogar a divisão de elite, um novo projeto junto ao Grupo City. Como você viu essa possibilidade?

Nathane: “O desafio me encantou muito. O Bahia realmente acreditou no futebol feminino e veio para 2023 buscando grandes feitos. A permanência na A1 era um deles, a classificação também. Para um time que sobe o desafio é sempre dobrado. A parceria com o Grupo City foi outro fator que me chamou atenção, pelo projeto de valorização do futebol feminino que foi apresentado. Isso faz toda diferença.”

NE45: Você vive um ano muito bom com a camisa do Bahia. Além do gols, é uma referência técnica dentro da equipe. Como tem sido poder aliar esse bom momento pessoal com uma campanha positiva do clube?

Nathane: “Isso é exatamente o que a gente espera quando aceitamos o desafio de jogar em um clube, conseguir ser importante de forma individual e coletiva. O objetivo final é sempre levar o time até a conclusão de suas metas, se destacar nesse processo é um bônus. Fico muito feliz por viver esse momento, é o que eu queria quando cheguei aqui. Espero me manter assim e fazer parte de uma história de ascensão do Bahia no futebol feminino.”

NE45: Você é uma das jogadoras mais experientes do elenco. Como você tem aproveitado positivamente esse fator?

Nathane: “Acredito que isso faça com que a comissão me olhe com bastante confiança e acho que ser uma das mais experientes é uma responsabilidade a mais, mas não levo como um peso. É uma satisfação muito grande ser referência para as meninas mais novas, poder aconselhar e passar pra elas algumas coisas que aprendi ao longo da minha carreira. Mas o futebol é um esporte que nunca para de ensinar, então eu aprendo muito com elas também. Cada time que eu passo eu aprendo e ensino algo, isso é muito bom.”

NE45: O Bahia tem feito um Brasileiro seguro, com chances de classificação. Como tem sido a preparação nessa reta final?

Nathane: “Muito intensa, estamos aproveitando muito cada treino, estudando muito os adversários e confiando no trabalho uma da outra e da comissão técnica. Nós queremos muito essa classificação e treinamos todos os dias para buscá-la.

NE45: O Bahia é um clube de massa, que tem uma torcida muito participativa. Como tem sido essa relação? E a importância?

Nathane: “É sensacional. Cada torcedor que vai no estádio incentivar é importante pra gente, a energia passa pra dentro de campo, nós sempre sentimos a vontade deles de ganhar e isso nos motiva muito. O futebol é o nosso trabalho mas é a paixão deles, então sabemos que eles esperam muito da gente. Mas o apoio nos jogos também mostram que eles nos cobram porque confiam no futebol que a gente joga. Receber esse carinho não tem preço.”

NE45: Em um primeiro momento, a permanência na A1 foi o grande objetivo. Mas o Bahia esteve, por muito tempo, próximo ao G-8, com chances reais de classificação. Você enxerga um Bahia brigando por coisas maiores a longo prazo?

Nathane: “Sem dúvidas quando um time sobe a primeira meta é a permanência, nós brigamos muito por ela. Mas todas nós sabíamos que poderíamos surpreender e conseguir também a classificação. Nós nos destacamos entre os times que subiram com a gente no ano passado e a tendência é que a gente melhore cada vez mais. Um futebol bem trabalhado a longo prazo tem tudo pra render bons frutos e isso é tudo que a gente quer. O Bahia quer crescer no futebol feminino, vontade e trabalho nunca vão faltar.”

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