Rival do Fortaleza, time equatoriano foi campeão da Sul-Americana em 2009 e tem bom retrospecto contra times brasileiros; LDU eliminou o São Paulo em caminho para final
Ao contrário do Fortaleza, que debuta em finais continentais, uma palavra que pode definir a LDU que chegou à final da Copa Sul-Americana é experiência. Em busca do segundo título, os equatorianos tem como principal característica a experiência de jogadores-chave de seu elenco, além de uma linha de defesa forte para frustrar os planos do Leão de trazer a primeira taça internacional para o Nordeste.
Dessa forma, o NE45 se debruçou para a analisar o rival do Leão do Pici na final da Sul-Americana, apontando quais os pontos de maior perigo para o Fortaleza no jogo deste sábado, às 17h, no estádio Domingo Burgueño, em Punta Del Este.
Treinador com rodagem internacional
Aos 42 anos, o técnico Luis Zubeldía já se mostra uma figura bastante experiente no mundo do futebol. Com passagens por equipes do futebol mexicano e europeu, além de ter comandado o Lanús por três anos, o comandante foi contratado pelo time equatoriano em 2022 – para sua segunda estadia – com carta branca para reformular o elenco.
A estratégia se mostrou acertada quando se analisa os números obtidos pelo treinador argentino. Em 40 jogos desde que retornou à LDU, Zubeldía conta com 23 vitórias, 12 empates e cinco derrotas, registrando um aproveitamento de 67,5%. Inclusive, para se credenciar à final da Sul-Americana, o time equatoriano precisou passar pelo São Paulo, atual campeão da Copa do Brasil, nas quartas de final.

Um artilheiro experiente e com faro de gol
Não é possível falar de uma chegada da LDU na final da Copa Sul-Americana sem mensurar a importância do centroavante da equipe, o experientíssimo Paolo Guerrero. Aos 39 anos, o histórico camisa 9 peruano chegou aos Albos após anos inconsistentes por Internacional, Avaí e Racing-ARG.
Contudo, em Quito, o jogador parece ter se reencontrado com o bom futebol. Em 12 jogos disputados, Guerrero marcou três vezes, sendo que todas elas foram no mata-mata da Copa Sul-Americana. Os dois últimos, inclusive, marcados no jogo de ida contra o Defensa y Justicia, em casa.
Vale lembrar que mesmo com um currículo recheado de taças, incluindo até Mundial de Clubes (2012), Guerrero ainda não possui um título de Libertadores ou Copa Sul-Americana. Seu único título continental foi o da Recopa Sul-Americana, conquistado com o Corinthians, em 2013.
Defesa sólida
A LDU chegou na decisão da Copa Sul-Americana portando um desempenho defensivo de bastante respeito. Vindo da fase preliminar, o time equatoriano precisou jogar 13 partidas para chegar a final, sendo que em 8 delas acabou não sofrendo gols.
O principal destaque é o goleiro Domínguez, que jogou todos os minutos da competição até agora e vem se notabilizando pela segurança embaixo das traves. A prova disso é que no campeonato local, o arqueiro também tem o menor número de gols sofridos nos 24 jogos disputados.

Além disso, outro fator que destaca o desempenho da defesa no jogo da LDU é a sua participação na construção ofensiva. Assim, não é raro ver, dentro do esquema de Zubeldía, a saída de bola começando com os zagueiros Ade e Rodríguez. Com bom jogo com os pés, os dois defensores procuram bastante os lançamentos longos para os laterais Quinteros e Quiñónez partirem em velocidade pelos lados.
Os destaques do time
O meio-campo é onde se encontram as duas principais referências técnicas do time da LDU: os equatorianos Jhojan Julio e Alexander Alvarado. Principais armas para a criação das jogadas dos Albos, os dois jogadores são responsáveis por marcarem 19 dos 60 gols da equipe no ano, além de juntos assinalarem mais sete assistências.
Inclusive, o bom desempenho de ambos tem feito com que se tornem nomes recorrentes nas convocações para a Seleção do Equador para amistosos e jogos das Eliminatórias da Copa.


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