Goleiro do Fortaleza revelou que ficou muito abalado com o ataque ao ônibus do clube no último dia 22 de fevereiro
O que tinha tudo para ser apenas mais um jogo normal fora de casa para o time do Fortaleza, quase se tornou uma tragédia de proporções imensuráveis no último dia 22 de fevereiro. Quase três semanas atrás, o ônibus com a delegação tricolor foi atacado por uma facção uniformizada após a empate em 1 x 1 contra o Sport. Na ocasião, seis jogadores acabaram feridos, entre eles o goleiro João Ricardo. Ninguém foi detido até o momento.
Assim, no dia em que o time pernambucano acabou punido pelo STJD com oito jogos com portões fechados, o arqueiro falou sobre como tem sido retomar a rotina após o atentado e cobrou punições aos responsáveis pelas pedras e bombas que feriram seus companheiros.
“Esse assunto (o atentado) é algo que não me sinto confortável de falar. Eu senti muito o baque. Ninguém espera uma situação como essa. O que a gente espera é que as pessoas que fizeram isso sejam punidas. E nós temos que seguir em frente. Vi que o Sport foi punido. Nós temos que erguer a cabeça e virar a página”, apontou o arqueiro.
Entre os feridos no acidente, apenas o zagueiro Titi e o lateral esquerdo Escobar seguem fora das atividades com o restante do grupo. O defensor precisou fazer uma cirurgia para retirar estilhaços da sua panturrilha, enquanto o ala argentino segue em recuperação do trauma crânio-encefálico.
Inclusive, no último domingo, antes do jogo contra o Maracanã, o Fortaleza entrou com camisas “manchadas de sangue” como forma de protesto à impunidade aos envolvidos no ocorrido, uma vez que ninguém foi preso pelo atentado.
Entretanto, para João Ricardo, o momento tem de ser para pensar no crescimento do Fortaleza nas competições que disputa. Assim, o Leão do Pici segue sua preparação para encarar o |Retrô, nesta quinta-feira, na Arena Castelão, às 21h30, pela segunda fase da Copa do Brasil, em jogo único. Sendo assim, quem vencer passará para a terceira fase do torneio. Em caso de empate, a vaga será disputada nos pênaltis.
“Torcer para que nunca mais ocorra nada parecido com isso. Espero que a gente possa falar apenas sobre futebol e o Fortaleza e não mais sobre esse lado negativo”, concluiu.

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