Em março de 2023, zagueiro acionou a Justiça do Trabalho pedindo rescisão com o Sport
Emprestado pelo Sport ao Vitória das Tabocas para a disputa da Série A2 do Pernambucano, o zagueiro Marcelo Ajul desabafou pela primeira vez sobre o imbróglio jurídico com o Leão da Ilha, que aconteceu em março de 2023. Em entrevista ao Canal do Luna, o defensor confessou ter se “precipitado” ao entrar na Justiça do Trabalho pedindo a rescisão indireta do seu contrato com o clube.
“Acredito que eu tenha me precipitado. Aconteceu logo após a Copinha, onde eu havia me destacado bastante. Chegaram algumas propostas que poderiam alavancar a minha carreira. Acabei passando pela precipitação de querer a liberação, por não estar recebendo as oportunidades que eu achava que deveria ter recebido”, disse.
Na ocasião, Ajul alegou atraso no pagamento do FGTS e de salários. Além da rescisão, o zagueiro cobrou o valor total de R$ 211.620,21. Entretanto, a Justiça do Trabalho não deferiu o pedido do atleta, que posteriormente desistiu da ação.
Outro fator que influenciou no pedido do jogador foi a falta de oportunidade no time profissional. Na visão do zagueiro, não houve “valorização” do clube, especialmente depois do seu bom desempenho na Copinha de 2023.
“Não acho que deveria ser titular naquele momento, havia o Thyere e o Sabino no elenco, jogadores experientes e formados. Mas acredito que eu poderia ter recebido algumas chances contra times menores, que acabei sendo relacionado e não joguei. Houve conversas que o clube estava precisando de zagueiros, mas eu estava lá. Não estou dizendo que estou certo pela atitude, mas poderia ter acontecido um pouco mais de valorização, ou uma conversa”, destacou.
Após o imbróglio, o defensor até voltou a treinar no CT do Sport, integrando o grupo do Sub-20. Contudo, posteriormente, foi emprestado para o NK Dubrava, da Croácia, onde disputou apenas um jogo. Na sequência, foi repassado por empréstimo para o Maguary e, agora, o Vitória das Tabocas.
Mais de um ano após o ocorrido, Marcelo Ajul não escondeu o arrependimento e destacou que hoje “teria tomado outra atitude”, além de revelar o desejo de ainda defender o Sport pelo profissional.
“Estava com a cabeça quente naquele momento, querendo dar uma vida melhor para a minha família. Hoje, com um pensamento diferente, eu teria tomado outra atitude. Me arrependo da forma que foi. Acho que poderia ter tido uma conversa melhor, tanto da minha parte, quanto da parte do Sport”, iniciou.
“Para mim, não mudou nada o sentimento que eu tenho pelo Sport. Se não agora, ou daqui a alguns anos, eu tenho muita vontade de jogar na Ilha lotada, de estar junto com o Sport, porque eu gosto do clube”, complementou.
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