Bolívia Querida sonhou com o retorno para a Primeira Divisão, mas amargou dois rebaixamentos seguidos pouco depois
Depois do Sampaio Corrêa sonhar em voltar à Série A em 2022, após 36 anos sem a disputar, o pesadelo se fez realidade dali em diante. Duas quedas seguidas, primeiro para a Série C, em 2023, e agora para a Série D, neste ano. Um momento triste na história do Paio, que precisará se reinventar.
Naquela edição da Segunda Divisão, em 2022, o Sampaio Corrêa terminou em 5º, com 58 pontos. Fez uma campanha muito boa, mas alguns tropeços foram cruciais para não conseguir o acesso para a Série A.
O primeiro turno foi ruim para quem mirava o acesso, com a 9ª melhor campanha e 25 pontos. Então, apesar da 4ª melhor campanha no returno, com 33 pontos somados, acabou não sendo suficiente.
Ainda assim, foi um momento de muita força do Paio, com uma grande campanha dentro de casa. A equipe foi o 2º melhor mandante da competição, atrás apenas do campeão Cruzeiro. Em 19 jogos, foram 14 vitórias, quatro empates e só uma derrota, com 37 gols marcados e 15 sofridos, num aproveitamento de 80,7%.
Em 2023, uma Série B muito aquém do que sonhava o torcedor do Sampaio Corrêa. Brigando contra o Z-4 desde o 1º turno, o Tubarão não teve forças suficientes para escapar. O desempenho que foi muito bom no Castelão, no ano anterior, não se repetiu. Apenas 45,6% de aproveitamento e o descenso confirmado na última rodada, mesmo tendo dois pontos de vantagem para o Z-4 na 37ª rodada.
Já a atual temporada trouxe um novo panorama ao Sampaio Corrêa: Com menos receitas pelo rebaixamento, era preciso diminuir ainda mais a margem de erro. Algo que, infelizmente, não aconteceu. Muitas contratações e dispensas, troca de técnicos e a demora para reagir na Série C. Quando conseguiu, já estava muito pressionado e isso comprometeu o time.
O elenco demonstrava fragilidades desde o início da temporada, mas conseguia se sobressair com o nível de exigência do Campeonato Maranhense. Porém, a Série C trouxe o choque de realidade. A largada ruim pesou, mas em outros momentos, quando era preciso extrair mais da equipe, ficou em falta. Assim, foi rebaixado na 17ª colocação, com apenas 19 pontos.
Foto: Ronald Felipe / SCFC
Afastamento da torcida do Sampaio Corrêa foi sinal do que viria pela frente
Um rebaixamento pesado, agonizante, com todo o distanciamento que se criou entre clube e torcedor. Muitos tricolores se afastaram e culpam a gestão do presidente Sérgio Frota por não atender anseios da torcida da Bolívia Querida.
Embates, protestos e descontentamento foram visíveis ao longo da temporada e isso contrasta com o que era o Sampaio Corrêa no começo da década passada, que enchia o Castelão em diversos jogos.
Essa situação foi construída ao longo do tempo e é difícil de imaginar que, por causa da queda para a Série D, mudará rapidamente. O Sampaio Corrêa precisa se reinventar, trazer o torcedor de volta e iniciar a luta para voltar à Série C. Reconhecendo os erros, o momento crítico, com ajuda da torcida, o Paio pode voltar a viver dias melhores.
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