O Ministério Público do Rio de Janeiro decidiu arquivar a investigação da denúncia de racismo aberta pelo volante Gérson, do Flamengo, contra o meia-atacante colombiano Índio Ramirez, do Bahia, por falta de provas. A informação foi confirmada pelo próprio clube nordestino, em nota oficial.
No dia 4 de fevereiro, a Polícia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) do Rio de Janeiro decidiu indiciar o jogador do Bahia pelo crime de injúria racial após a acusação feita por Gérson. Logo após a partida entre os dois times, no dia 20 de dezembro, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro, o jogador do Flamengo afirmou que Ramirez teria dito “cala a boca, negro” durante uma discussão que aconteceu no segundo tempo. A versão sempre foi negada pelo meia atacante colombiano.
No mesmo dia, também em nota oficial, o Bahia se manifestou contra o indiciamento de Ramirez, afirmando que a decisão era “absolutamente despida de qualquer fundamentação probatória”.
“Em todos os momentos do episódio, o Bahia se comportou em busca da verdade, considerando a presunção de inocência do atleta e a necessidade de se produzir prova robusta e incontestável. Sem a apresentação de fatos novos, a diretoria seguirá apoiando Ramírez e tem convicção de que será feita Justiça, ao tempo em que reafirma a sua posição de clube expoente da luta antirracista no futebol brasileiro”, dizia parte do texto.
Ramirez segue se recuperando de uma cirurgia no joelho realizada no início de março. O prazo estimado para o jogador voltar aos campos é de seis a oito meses.
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