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SAF do Santa Cruz avança com investimentos iniciais e cessão definitiva do Arruda

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Por Vinícius Medeiros

Por Vinícius Medeiros

Postado dia 12 de junho de 2025

A proposta vinculante será avaliada internamente pelo clube coral

O Santa Cruz recebeu oficialmente a proposta vinculante da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), apresentada pela Cobra Coral Participações S.A., que deseja adquirir 90% das ações do projeto. A partir desta quinta-feira (12), os conselheiros do clube já podem ter acesso ao documento na sede do Santa Cruz, dando continuidade ao processo de análise da proposta.

Entre os principais pontos apresentados estão os valores de investimento ao longo de 15 anos no clube coral, mudanças na cessão do Estádio do Arruda e garantias ao time tricolor. Os detalhes foram divulgados inicialmente pelo GE e confirmados pelo NE45.

Em passos futuros, a proposta será analisada e discutida pelo Conselho Deliberativo, e a expectativa é de que seja votada em uma Assembleia Geral de Sócios, em até 45 dias após a conclusão dessa etapa. Com isso, a partir do segundo semestre de 2025, a Cobra Coral poderá contar com o novo modelo de gestão administrativa do clube.

SAF- Santa Cruz

Foto: Evelyn Victoria/Santa Cruz

Detalhes da proposta da SAF do Santa Cruz

Investimentos e aportes

O valor total do investimento apresentado é de R$ 1 bilhão ao longo de 15 anos. Dentro desse plano, estão previstos dois aportes iniciais obrigatórios por parte dos investidores: o primeiro, de R$ 25 milhões, deverá ser realizado em até 12 meses após a formalização da SAF; o segundo, também de R$ 25 milhões, deverá ocorrer entre o 13º e o 30º mês após o fechamento do acordo.

Ou seja, a partir do momento em que a SAF for oficialmente concretizada, esses serão os prazos e os valores mínimos que deverão ser investidos no clube.

Mudanças na cessão do Arruda

Outro ponto relevante é a cessão definitiva do Estádio do Arruda (José do Rego Maciel), que será transferido à SAF, condicionada ainda à aprovação de uma lei municipal. Inicialmente, o clube fará uma cessão de uso por 50 anos, garantindo à SAF liberdade total para uso do estádio.


Ou seja, o Estádio será cedido para que o uso (inclusive comercial), aconteça por parte do projeto e não pela associação do clube. Apesar disso, a sede social tricolor segue no comando do clube.

Composição de Investimento

O investimento será composto, em parte, por receitas geradas pelo próprio clube à SAF, como a venda de atletas, programas de sócios e outras fontes de arrecadação. Além disso, haverá aportes diretos dos investidores, investimentos em ativos e a possibilidade de captação de subvenções, ou seja, o clube poderá buscar apoio financeiro e incentivos junto a órgãos públicos.

Outro elemento importante na estrutura do investimento é o valor da Unidade Produtiva Isolada (UPI), ligada ao processo de Recuperação Judicial. A ativação da UPI só poderá ocorrer após a aprovação em assembleia pelos credores e a consequente homologação judicial do plano.

Também está previsto o pagamento das obrigações do clube, bem como de dívidas com terceiros, como a Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e tributos diversos.

Orçamentos mínimos por divisão

O plano de negócios apresentado pela Cobra Coral Participações estabelece orçamentos mínimos anuais para o Santa Cruz, que variam de acordo com a divisão em que o clube estiver disputando no Campeonato Brasileiro. Esses valores serão corrigidos anualmente pelo IPCA e servirão como base para a manutenção e desenvolvimento das atividades do clube.

Caso o Santa Cruz esteja na Série D, o orçamento mínimo será de R$ 20 milhões por ano. Na Série C, o valor previsto é de R$ 36 milhões anuais; na Série B, de R$ 52 milhões; e, caso o clube alcance a Série A, o orçamento mínimo será de R$ 100 milhões por ano.

Outros pontos da proposta

Também haverá, investimentos em infraestruturas do clube, incluindo valores mínimos e prazos em torno do compromisso, além de garantias ao clube tricolor, como a retomada de controle por parte do clube em caso de inadimplência e a manutenção dos 10% do clube, independente do aumento financeiro.

Estádio do Arruda, casa do Santa Cruz

Foto: Lozymayer Renato/Santa Cruz

 

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