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Santa Cruz enfrenta dificuldades na base e gestor aponta necessidade de mudanças estruturais

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Por Vinícius Medeiros

Por Vinícius Medeiros

Postado dia 1 de julho de 2025

Segundo Pedro Henriques, as categorias do clube é um dos setores que mais precisam de investimento

O Gestor de futebol do Santa Cruz, Pedro Henriques, avaliou a situação das categorias de base do clube e classificou o setor como uma das áreas mais carentes do clube Tricolor. Ele defendeu a necessidade urgente de investimento e reestruturação. A declaração foi dada durante participação no Fórum Esportivo, da Rádio Jornal.

O cenário reforça o momento delicado da formação de atletas no clube. Em 2025, por exemplo, o Santa ficou fora das finais da Copa Pernambuco em todas as categorias de base: sub-20, sub-17, sub-15 e sub-13, reflexo direto da falta de estrutura e investimento no setor.

“A base, talvez junto com mais um departamento, seja o que mais carece de investimentos no Santa Cruz. Infelizmente, essa é uma realidade comum em clubes que passam por dificuldades financeiras, que acabam sempre priorizando o futebol profissional e negligenciando as divisões de base”, afirmou.


Henriques, que também conduz a transição para o projeto de SAF no clube, reconheceu as dificuldades internas e defendeu ações imediatas para reestruturar a base e obter o reconhecimento oficial como clube formador.

“Eu sei que os atletas passam por dificuldades, as comissões técnicas passam por dificuldades. Mas a gente não demorou em diagnosticar isso. A gente precisa melhorar as condições de trabalho de todos eles. O clube precisa, urgentemente, fazer um plano de trabalho para obter o certificado de clube formador. Isso certamente será algo fundamental para a análise dos investidores (SAF)”, comentou.

Pedro Henriques, novo gestor de transição da SAF do Santa Cruz

Pedro Henriques – Foto: Divulgação/Santa Cruz

Para Pedro, estruturar a base não é apenas uma questão de formação esportiva, mas de sustentabilidade financeira a médio e longo prazo.

“É isso que vai garantir o ativo do clube no médio e longo prazo. Não existe um clube ser rentável sem ter uma base sólida, estruturada. Não é do dia para a noite, mas também não é bicho de sete cabeças. Dá trabalho e precisa de gente e dinheiro. Então, isso já está claro e diagnosticado”, finalizou.

Reestruturação e promessa de prioridade no Santa Cruz

Henriques também destacou que, apesar das limitações, os profissionais das categorias de base têm feito um grande trabalho diante das condições precárias de estrutura e suporte.

“A base tem material humano e que eu vou te dizer que, para atingir os objetivos que atinge, estão fazendo um grande trabalho. Porque eles precisam de mais e a gente precisa fazer mais. Quando você fala pouca coisa, você está falando o que? Pouca condição de treino, campo, CT, academia, ônibus, tudo. A própria estrutura física precisa melhorar”

O dirigente revelou ainda que está elaborando um relatório de diagnóstico da base, e que o setor foi o primeiro foco de sua atenção desde que assumiu o cargo.

“A gente precisa mudar muita coisa na base. Eu estou fazendo um relatório de diagnóstico e a base é o primeiro que está na lista. Porque foi, de fato, o primeiro que eu comecei a olhar. Eu fui olhar como estavam as coisas na divisão de base depois de um jogo. Porque quando você vai no horário comercial, está tudo mais arrumadinho. Eu gosto de rodar depois do horário comercial para ver como está. E aí você vê de verdade como estão as coisas”, disse.

Base - Santa Cruz

Créditos: Evelyn Victória/Santa Cruz

Ao fim, Pedro Henriques reconheceu que a mudança leva tempo, mas reforçou o compromisso com a reformulação das divisões de base, caso o projeto de gestão avance.

“Eu sei que ouvir o discurso quando você está em meio à necessidade pode não reconfortar, mas pode ter certeza que as coisas dando certo e eu estando envolvido, a base vai ser muito priorizada”, finalizou.

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