Os analistas falaram sobre como o chaveamento do Nordestão é favorável para o Leão da Barra voltar a disputar uma final
Na busca por se reerguer do momento de baixa, o Vitória utilizou a intertemporada para fazer uma reformulação dentro de fora das quatro linhas. Entre muitas saídas e poucas chegadas, o time comandado por Thiago Carpini teve quse duas semanas de preparação para voltar aos gramados em uma quartas de final da Copa do Nordeste. O Podcas45 analisou o chaveamento da competição e colocou como uma obrigação o Leão da Barra avançar até a final.
O Vitória fez uma ótima campanha na fase de grupos e liderou, invicto, o Grupo A. Na chave, pegou o caminho considerado mais fácil, visto que os times de Série A (Bahia, Sport, Fortaleza e Ceará) ficaram do outro lado. Esse ponto foi trazido por Cássio Zirpoli que destacou que a diferença do nível técnico do Vitória para os outros times, da Série C (Confiança, CSA) e da Série D (Ferroviário) pode beneficiar o rubronegro.
“De fato, se o Vitória não for finalista vai deixar uma frustração grande com um chaveamento como esse. O Vitória não vai a final da Copa do Nordeste desde 2010, que foi a última edição antes da volta oficial. O time nunca disputou o troféu da orelhuda dourada, porque antigamente todo ano era uma taça diferente. Mas acho que dessa vez, ele vai disputar esse troféu porque tem a obrigação e isso é muito pela diferença técnica que tem sobre o Confiança e que se passar, terá contra o CSA e Ferroviário. Lembrando que o CSA tem feito uma campanha forte na Copa do Brasil e pode ser um time chato”, disse o analista.
Foto: Reprodução/Podcast45
Vitória teve uma movimentação tímida no mercado
Com a eliminação dramática na Sul-Americana e os resultados ruins no Brasileirão, o presidente Fábio Mota disse que ia fazer uma grande reformulação no clube, e isso incluiu a chegada de Gustavo Vieira como novo executivo de futebol. O Leão da Barra confirmou a saída de oito jogadores, o que deu uma enxugada maior na folha e no próprio elenco.
A expectativa era que o Vitória chegasse forte no mercado e contratasse jogadores de peso, pelo menos até o final da temporada. Porém, até o momento, o clube só oficializou a contratação de três jogadores: Thiago Couto (goleiro), Rúben Rodrigues (meia) e Renzo López (atacante).
Para Fred Figueroa, os novos contratados estão em uma “terceira prateleira do continente, que não há garantia alguma, é uma interrogação”, visto que não chegam com tanto peso para serem titulares absolutos. Ravel Pinheiro faz uma análise mais detalhada ao dizer que, até o momento, o Leão da Barra não reforçou em setores que tem mais necessidade, como na lateral-esquerda.
Lembrando que Jamerson, titular absoluto, sofreu uma lesão gravíssima no tornozelo e não tem previsão de retorno. Ele apontou que as saídas de Mosquito e Janderson serão sentidas no time, apesar das oscilações dos jogadores.
“Talvez junto com a lateral-esquerdo, os extremos do campo, os pontas, são os setores problemáticos do time. Nenhum jogador conseguia se firmar, e Oswaldo é o jogador que teve mais minutagem. O Mosquito quando entrava em alguns jogos ia bem, e Janderson, apesar do desgaste com a torcida, conseguia entregar gols e assistências. Essas saídas são as mais sentidas. As demais foram mais para enxugar a folha, tirar o peso do barco porque foram atletas que não conseguiam mais contribuir”, iniciou.
“O que preocupa é que as chegadas não corrigem problemas estruturais do Vitória. São apostas, atletas que não podemos carimbar e vão elevar o nível, ou até atacar deficiências. Nas nossas avaliações, Sport e Vitória são times que possuem maior urgência, e por isso, esperávamos uma ação mais efetiva do mercado. Mas até o momento, o movimento é tímido e não ataca as debilidades do elenco. Isso junto ao desempenho ruim nas Copas [Sul-Americana e Brasil] sejam os pontos de preocupação para o Vitória avançar na Copa do Nordeste”, completou Ravel.
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