Contas da Cobra Coral foram aprovadas na última terça-feira (22)
As contas do Santa Cruz do exercício de 2024 e o orçamento para 2025, depois de quase três meses do fim do prazo, foram aprovados pelo Conselho Deliberativo na terça-feira (22). Apesar de ter apresentado prejuízo financeiro no ano passado, quando a equipe ficou sem calendário nacional, o déficit foi menor em relação a 2023. Já a receita do clube neste período alcançou R$ 13,7 milhões.
A Cobra Coral fechou o ano com um déficit de R$ 2.744.457, enquanto no ano anterior registrou pouco mais de R$ 7 milhões – uma redução de aproximadamente de R$ 4,3 milhões. Entre os fatores que contribuíram para a redução do prejuízo foram a venda do Centro de Treinamento de Beberibe e um valor relativo à transferência de Raniel do Cruzeiro para o São Paulo, concretizada em 2019.
A arrecadação foi quase R$ 400 mil superior a 2023, quando somou R$ 13,3 mihões. Apesar disso, o relatório coral enfatiza que a ausência em competições como Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro comprometeu diretamente o planejamento financeiro, uma vez que o Santa Cruz deixou de arrecadar com os direitos de transmissão e com bilheteria em boa parte da temporada.
Entre os maiores credores coral estão o ex-volante Neto, que atuou no clube entre 2003 e 2006, e tem a receber R$ 10.456.612; e Grafite, ex-atacante com três passagens no Santa Cruz, que figura na lista com uma dívida superior a R$ 8 milhões.
Nos processos cíveis, se destacam uma empresa de venda de ingressos, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e a Arena de Pernambuco. Enquanto a soma dos principais processos tributários chega a quase R$ 30 milhões.
Por último, vale destacar que o valor registrado pelo Santa Cruz como dívida de curto prazo com a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) é R$ 5.608.276. O relatório explica que trata-se de um montante menor ao que foi informado pela própria entidade.
Últimos balanços financeiros do Santa Cruz
Nos balanços dos anos de 2022 e 2023, o Santa Cruz viveu grande dificuldade financeira, reflexo direto da queda para a Série D e do calendário mais curto. Em 2022, a receita total foi de R$ 12,2 milhões, subindo um pouco em 2023 para R$ 13,3 milhões.
Apesar do aumento na receita em 2023, os gastos continuaram altos. As despesas com salários e administração chegaram a quase R$ 20 milhões, o que gerou um déficit de R$ 7 milhões. O resultado foi o décimo ano seguido com mais despesas do que receitas.
O valor do ano anterior foi inferior ao da Federação Pernambucana de Futebol. Historicamente, o clube costumava ter receitas bem superiores à federação. A ausência de jogos após março e a baixa participação em competições nacionais afetaram diretamente a bilheteria, os direitos de TV e as mensalidades dos sócios. No acumulado de 2022 e 2023, a FPF conseguiu arrecadar R$ 4,1 milhões a mais que o Tricolor, algo impensável em anos anteriores.
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