O atleta atuou no futebol árabe por duas temporadas antes de acertar o retorno ao Ceará

Anunciado oficialmente como reforço do Ceará nesta quinta-feira (31), o meio-campista Vina precisará se readaptar ao futebol brasileiro para apresentar o seu melhor desempenho. O atleta chega ao Alvinegro de Porangabuçu sem o status de titular absoluto, condição que tinha quando deixou o clube no início da temporada de 2023, avalia Lel Fontenele, comentarista do Podcast45. 

“Vina não chega com status de titular absoluto, muito pelo contrário. Inicialmente não era uma intenção contar com o jogador por essa demora que ele teria para se adaptar. Vina está há dois anos jogando na Arábia, com baixíssima intensidade, e o Departamento de Futebol avaliava que ele era um jogador que demoraria para se adaptar”, disse Lel.  

Diante da demora do Departamento de Futebol em fechar contratações, e da pressão por resultados, o presidente João Paulo Silva tomou a dianteira das negociações e decidiu acertar com Vina. Além disso, outros fatores contribuíram para esse desfecho positivo com o ídolo: o atleta ter reduzido a pedida salarial em 50% e a queda de rendimento físico de Lucas Mugni, titular do meio-campo.

“Ele reduziu a pedida salarial em 50%. Então dentro desses valores, e dos valores do mercado, a vinda dele se tornou interessante, principalmente porque Lucas Mugni caiu de rendimento no aspecto físico. Ele vem tendo uma queda de rendimento geralmente nos segundos tempos. Então o Vina pode ser esse cara que venha para completar”, afirmou. 

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Por ser um jogador com pouca contribuição na marcação, Lel Fontenele acredita que Vina está um passo atrás de Mugni na briga pela titularidade no meio-campo, uma vez que Condé opta por jogadores que consigam fazer pressão na saída de bola adversária. 

“Eu acredito que até pela característica de ser um cara que auxilia na marcação, o Mugni tenha a preferência do Condé. É muito claro que o Condé opta sempre por jogadores que consigam trazer uma pressão defensiva lá em cima, na saída de bola do adversário”, avaliou.

A partir desta deficiência, surge a possibilidade de Vina atuar como falso 9, sem grandes obrigações defensivas, no lugar de Pedro Raul, que possui justamente a mesma dificuldade. Lel lembra que o meia chegou a atuar desta maneira em alguns momentos da primeira passagem pelo Ceará. 

Para finalizar, o comentarista do Podcast45 elencou dois fatores que o fazem ficar otimista com a contratação do jogador de 34 anos. “Me chama muita atenção a forma como ele está empolgado em voltar ao clube, e no futebol a gente sabe que faz diferença. Outra coisa que para mim que pode ser muito importante é que o Ceará tem muita dificuldade em verticalizar o jogo. O Ceará é um time que geralmente vai avançando no campo tocando lateralmente e o Vina é esse cara que consegue ser vertical com o passe, não com movimentação”, concluiu. 

Foto: Divulgação/Ceará