Treinador coral quer que o grupo mantenha o foco para conquistar a vaga na final da Série D
O discurso de “pés no chão, porque não ganhamos nada ainda” é algo que o torcedor do Santa Cruz incorporou no seu primeiro acesso da Série D para a Série C, em 2011, quando era treinador por Zé Teodoro. 14 anos depois, a mesma linha de pensamento é seguida por Marcelo Cabo, que conquistou o mesmo feito.
Agora mirando uma vaga na final, o treinador enalteceu a vitória do Santa Cruz em cima do Maranhão fora de casa, por 1 x 0, que dá uma boa vantagem para selar a classificação na Arena de Pernambuco. Com o Tricolor “crescendo na hora certa” no mata-mata, os objetivos têm sido e Marcelo Cabo pontuou que a postura focada do elenco o agrada.

Foto: Evelyn Victória/Santa Cruz
“Se existia um temor e preocupação sobre como seria a postura após o acesso, a resposta foi muito positiva. Mas quero ressaltar que ainda temos 90 minutos. Convoco nosso torcedor para esgotar os ingressos para a Arena e possamos ser mais fortes em casa do que fomos hoje (domingo)”, iniciou.
“Sempre falei que são atletas muito comprometidos. Temos objetivo, temos um foco, representamos uma equipe gigante e sabemos do tamanho da nossa responsabilidade. A resposta dos atletas foi muito positiva”, acrescentou o técnico do Santa Cruz.
“É continuar com os pés no chão, ainda temos muito trabalho. É respeitar a equipe do Maranhão, porque no último jogo deles fora de casa fizeram 3 x 0 no ASA. Acho que o tamanho desse respeito que tivemos, onde ficamos bem atentos a todos os fatores, nos fez construir essa vitória”, pontuou Cabo.
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Renato Gomes / RBC PRESS
Mudança tática do Santa Cruz dificultou bola aérea do Maranhão
Na estratégia montada pelo comandante coral para a partida, estava a preocupação com a bola aérea do Maranhão. Um time que buscava a bola longa em lançamentos para os pontas, assim como os cruzamentos rápidos para a área. Por isso Marcelo Cabo mudou o esquema do Santa Cruz e deu certo.
O Tricolor entrou em campo com três zagueiros, além de ter dois volantes. Os laterais, ora apareciam como alas, ora fechavam uma linha de cinco jogadores, alternando de um 3-5-2 para um 5-3-2. Assim, o goleiro Rokenedy foi pouco acionado na partida e a defesa passou segurança em praticamente todos os 90 minutos.

Foto: Evelyn Victória/Santa Cruz
“Sabíamos que o adversário tinha sua particularidade de jogar em casa. Eles jogam no 4-2-4 e entendemos que uma linha de cinco poderia suportar os dois mecanismos que eles mais têm: a bola longa nas costas (da zaga) e a ida ao fundo para cruzamento, com uma bola rápida. A gente tinha que ter essa sustentabilidade. Trabalhamos bastante esse encaixe e eles cruzaram bastante bola, mas sem gerar chances de gol”, avaliou.
Eles sabem usar bem o fator campo e climático também. Eles tentam abafar logo a equipe adversária e há momentos que atacam até com oito jogadores e se expõem também. Trabalhamos isso, tivemos boas oportunidades para abrir o placar no primeiro e no segundo tempo. Tivemos uma competitividade alta, resiliência também, defensivamente bem e com as transições dando certo. Todos que entraram foram muito bem”, concluiu.

Foto: Reprodução/TV Coral
Próximo jogo do Santa Cruz
O Tricolor volta a campo no sábado (20) para o jogo da volta da semifinal da Série D contra o Maranhão. A partida acontecerá na Arena de Pernambuco e terá início às 19h30.
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