O Náutico mais uma vez deixou de vencer nos Aflitos ao sofrer um gol nos últimos minutos. Nesta sexta-feira (6), diante do Avaí, o Timbu saiu atrás do placar, conseguiu a virada com Kieza e Paiva, mas tomou o empate nos acréscimos e ficou no 2×2. Resultado, na opinião do treinador, injusto e que foi consequência da fase vivida pela equipe na Série B.

“Depois que tomamos o gol, a equipe sofreu um apagão e demorou a entrar no jogo. Mas conseguimos terminar o primeiro tempo melhor e voltamos para o segundo com ímpeto, linhas altas. Trabalhamos a cabeça dos atletas de que tínhamos condições de reagir, mas a fase não ajuda e tem que passar. O primeiro gol foi num cruzamento despretensioso e a bola entrou. Buscamos o empate, viramos e merecíamos vencer. Aí numa bola na área, depois três cabeceios, eles empataram. Não dá para apontar o dedo para ninguém. Mais um gol no final e outra vez tivemos de administrar um vestiário triste”, analisou Gilson Kleina.

O abatimento foi perceptível na entrevista coletiva do comandante alvirrubro. Além da partida contra o Avaí, o Timbu sofreu empates no final diante de CRB, Chapecoense e Cruzeiro. Resultados que deixariam a equipe alvirrubra não apenas fora do Z4 como também longe da briga pelo rebaixamento e mais próximo do G4.

“Estávamos com a vitória encaminhada e merecendo o resultado. Nosso time estava convencendo em campo. Todos os números foram favoráveis ao Náutico e com um grande segundo tempo. Mas, mais uma vez, fomos castigados. É preciso saber sofrer até o final e administrar. Agora, teremos três jogos fora de casa. Vamos levantar a cabeça, evoluir e manter o foco durante todos os jogos para sair dessa situação”, resumiu o treinador.

Confira abaixo outros trechos da coletiva de Gilson Kleina:

Jean Carlos

– Tive uma conversa normal com Jean Carlos. Ele é um atleta estava atuando em todo os jogos comigo e estava sofrendo com essa situação, se exigindo muito também. Sabemos da importância dele, mas é importante preservar também e foi o que passei na conversa que tivemos. O desempenho dele começou a cair e vamos tentar tirar esse peso. E futebol está muito assim, um dia um atleta joga, no outro não começa a partida. O Marcos Vinícius vem treinando bem e é importante dar uma oxigenada. Ele foi até onde deu, estava muito tempo sem jogar e Jean Carlos entrou numa situação boa, quando estávamos bem. Ele é um dos atletas mais importantes que temos e temos de administrar isso. Enaltecer também quem entrou. Marcos Vinícius está se cuidando e pedia uma oportunidade.

Postura

– Entendo que o comportamento que tivemos contra o CSA não é o que vínhamos fazendo. Deixamos a desejar no último jogo sem a atitude que tivemos no campeonato. Nosso time começou burocrático, previsível e tento fazer com que o jogador arrisque mais. Encorajar o atleta para o jogo fluir entre as linhas na individualidade. Mas hoje, no segundo tempo, dobramos as ações no último terço. Tivemos o dobro de finalizações que o adversário. Deixamos o time mais ofensivo e toamos um gol despretensioso. O resultado é o mais importante, mas não dá para deixar de trabalhar o desempenho. Temos de ter mais foco, trabalhar e ser mais aguerrido para sair dessa situação.

Próximo jogo

– Tem que ser mais aguerrido fora de casa. O Operário compete e vamos ter que competir e torcer para que a sorte esteja ao nosso lado porque hoje foi inacreditável. Temos de focar, não podemos errar e ficar mobilizados até o final. Atentos e sabendo administrar da melhor maneira possível.

Foto: Caio Falcão/CNC