O Leão precisa vencer e torcer contra Vitória ou Santos para permanecer na briga contra o rebaixamento
O rebaixamento do Sport pode se concretizar, de forma matemática, no jogo atrasado contra o Flamengo, no sábado (15), às 18h30, na Arena de Pernambuco. No momento, o clube está com 99% de chances de cair, e caso se confirme contra o rubro-negro carioca, a queda será ainda mais dramática, visto as inúmeras polêmicas que o duelo está envolvido desde que vazou a informação que a operação do jogo foi vendida para uma empresa.
O Leão da Ilha poderia ter sido rebaixado na última rodada após o resultado ruim para o Atlético Mineiro. Mas como também dependia de Santos, que perdeu, e o Vitória, que empatou, a situação vai se arrastar até o sábado.
O Sport será rebaixado para a Série B se empatar ou perder para o Flamengo, independente do resultado dos adversários.
Isso porque o time só poderá chegar a 32 (derrota) ou 33 pontos (empate) até o final do Brasileirão. No momento, o Vitória é o primeiro time fora do Z-4, com 35 pontos.
Foto Igor Cysneiros/Sport Recife
Em caso de vitória em cima do Flamengo, o Sport terá que torcer para que o Vitória e o Santos percam todos os jogos. Para assim, empatar em pontos e vitórias, e buscar a diferença no saldo de gols. O cenário é praticamente impossível.
Por isso, a dramaticidade da partida contra o Flamengo fica ainda maior, principalmente por ser um rival histórico e que faz aniversário exatamente no dia 15 de novembro. A situação fica ainda pior quando falamos sobre as nuances que envolvem a partida, que começou com a venda da operação de jogo e as consequências levaram a degradação da imagem de Yuri Romão para os torcedores.
Relembre polêmicas
Em 09 de outubro, o documento que firmou o acordo da venda foi vazado e o NE45 teve acesso. O Sport recebeu uma proposta de R$ 3 milhões de uma empresa interessada na renda do jogo. O Leão cedeu 100% das receitas da partida, incluindo naming rights, ativações comerciais, bilhetaria, camarotes, hospitalitys e patrocínios pontuais.
No acordo firmado, o Sport ficou com 70% da carga total de ingressos enquanto o Flamengo tem 30%. A única exclusividade mantida pelo clube pernambucano foi das receitas permanentes, como patrocínio de uniformes, programas de sócio-torcedor, royalties de produtos oficiais e dos direitos de transmissão. O documento foi assinado em 30 de outubro.
O clube se pronunciou através das redes sociais afirmando que a negociação não se configura como venda de mando de campo. Essa situação deixou a torcida muito irritada com a gestão por inúmeros motivos, mas o principal é pela rivalidade histórica com o Flamengo, que este ano pediu novamente a revisão do título do Brasileirão de 1987.
Em entrevista a Rádio Jornal, o presidente Yuri Romão admitiu um erro de comunicação sobre o acordo, principalmente porque não comunicou aos torcedores, desde julho, sobre a proposta. Mas para além disso, ele disse que a Ilha do Retiro não poderia comportar jogos contra grandes clubes.
“A Ilha do Retiro não comporta mais jogos do tamanho do Corinthians, do Santos e do Flamengo. Não comporta. Qualquer dirigente que sentar nesta cadeira e botar o seu CPF poderá, no dia seguinte ao jogo, sair daqui algemado. Porque pode haver uma desgraça aqui dentro. Ele é o responsável. Por uma questão estrutural da Ilha”, disse.
Yuri Romão, Sport – Foto: Paulo Paiva/SCR
Dias depois, a Secretaria de Defesa Social (SDS-PE) rebateu as falas do presidente do Sport e reforçou que o Estádio atende todos os requisitos de segurança e laudos técnicos para receber 27.325 torcedores.
“O CBMPE informa que o estádio possui o Atestado de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) vigente até o mês de agosto de 2026. No que se refere à segurança contra incêndio e pânico, a capacidade de público atualmente liberada é de 27.325 torcedores. A Corporação ressalta que essa capacidade pode ser revista — reduzida ou ampliada — a depender do resultado de novas vistorias”, disse em um trecho.
Como analisado por Fred Figueroa e Celso Ishigami em live no Podcast45, a partir disso, o Sport, e a gestão de Yuri, entrou em colapso completo em apenas 30 dias. E isso aconteceu por inúmeros motivos, desde a a saída do técnico Daniel Paulista até as informações sobre problemas financeiros e atrasos de salários.
ANÁLISE: A CRISE QUE COLOCA EM XEQUE O FUTURO DO SPORT
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