Presidente comentou sobre o futuro no comando do Alvirrubro
Única chapa inscrita nas eleições alvirrubras, a “Náutico do Futuro”, liderada pelo presidente Bruno Becker e pelo vice Ricardo Malta, apresentou na tarde desta quarta-feira (19) o planejamento para o próximo biênio. O encontro contou com a participação de diversas lideranças do clube e a apresentação de pautas importantes visando um novo patamar para o Timbu.
No âmbito financeiro, o grupo projeta um Náutico equilibrado, com receitas mais recorrentes, previsíveis e fortalecidas por novas fontes de arrecadação. Já no relacionamento com o torcedor, a intenção é revitalizar o programa de sócios, tornando-o mais engajado e inovador, com recursos digitais atualizados para facilitar a interação e impulsionar o crescimento da base de associados.
A chapa também pretende conduzir o Náutico por um processo de modernização, visando colocá-lo entre os clubes mais organizados do Nordeste em termos de gestão, inovação e governança.
Foto: Gabriel França / CNC
A ideia é estabelecer processos administrativos estáveis, eficientes e alinhados às práticas contemporâneas do futebol brasileiro. No trabalho de base, a meta é fazer com que o clube seja reconhecido por sua evolução na formação de atletas, reforçando o planejamento de longo prazo.
“Quando a gente fala com vocês da imprensa e com o associado, tudo tende a fluir com mais naturalidade. Isso não quer dizer que não vá existir erro. Nós vamos errar, acertar, mas é importante, já no ponto de partida, deixarmos claro qual caminho queremos traçar”, afirmou Becker.
Possibilidade de rentabilizar o CT do Náutico
Ao comentar sobre a importância estratégica do Centro de Treinamento, o dirigente ressalta que o Náutico não aproveita todo o potencial que possui. Uma das possibilidades, que já foi tratada em outro momento, é de arrendar parte do terreno e gerar uma receita recorrente para o Timbu.
“É pensar na grandeza do Náutico, seu tamanho, seu potencial, que às vezes a gente desperdiça muito. Isso falo sobre time, equipamento que o Náutico tem, como o CT. Temos ali uma área valiosíssima que pode ser trabalhada de outra forma, mas sempre em benefício do clube. Esse é o exemplo mais gritante”, disse.
Bruno Becker também frisa que qualquer projeto para o CT precisa ser conduzido com responsabilidade, garantindo sustentabilidade e retorno real ao clube.
“Quando dizemos com ambição sobre qual projeto teremos para o CT, vamos ter a responsabilidade de ser um projeto viável, sustentável e bom para o clube. O que não podemos, por exemplo, é ter uma área que, apesar do trabalho belíssimo de Ricardo Malta e dos colaboradores, podemos fazer mais”, pontuou.
Foto: Caio Falcão/CNC
“Vamos fazer algo que, de fato, mude o patamar e seja capitaneado por essas pessoas. Então por que não pensar que, numa área de 50 hectares, usamos aqueles 8, 9, 10 hectares para o futebol, e para todo o restante vamos pensar num projeto interessante para o clube, para rentabilizar. E em grande medida, quem sabe, vire um equipamento também para a utilização do associado, da torcida”, comentou.
Naming rights dos Aflitos
Outro ponto destacado pela chapa “Náutico do Futuro” foi o avanço nas tratativas envolvendo os naming rights dos Aflitos, tema que vem sendo frequentemente associado à Cimed, empresa do setor farmacêutico.
O presidente alvirrubro confirmou que o assunto está em pauta e faz parte das prioridades do departamento comercial. Porém, desconversou sobre as negociações com a farmacêutica.
“Existe o desejo do clube, o desenho do departamento comercial e de marketing, estamos no mercado buscando parceiros que se interessem. Eu vejo como um excelente produto porque estamos agora na Série B, onde naturalmente nosso futebol passa a ter mais visibilidade. Ainda não tem nada firmado, mas é um produto que está na mesa e vamos buscar concretizar”, afirmou.
Foto: Gabriel França/CNC
Náutico segue com a pauta da SAF presente
A pauta da SAF também voltou a ser destaque na apresentação da chapa “Náutico do Futuro”. Segundo o grupo, o tema segue ativo dentro do clube e é tratado como uma agenda permanente, fruto de um processo de amadurecimento institucional.
“A SAF é uma agenda do clube, e não é de hoje. Eu já disse em entrevistas que o Náutico saiu maior do que entrou naquela discussão da SAF do Consórcio Timbu. E digo que saiu maior porque saiu mais maduro. Houve discussões no Conselho, se entendeu quais os limites do clube, e se entendeu que o clube tem que definir o que quer e ir para o mercado buscar”, disse Becker.
O posicionamento também reforçou que o Náutico não pretende adotar uma postura passiva diante de possíveis investidores. O mandatário disse que o processo deve ser feito de forma unida dentro do Alvirrubro, com diferentes frentes trabalhando em prol do melhor para o clube.
“E não o movimento contrário, de ver o que o mercado tem para gente, recebermos cinco propostas diversas e a gente ficar sem saber qual é o melhor caminho. O clube tem que debater. Essa não é uma matéria que tem que ficar só na mesa do presidente do executivo. É algo para ser compartilhado, de buscar trabalhar com comitês, grupos de trabalho, porque a SAF é um assunto permanente”, afirmou.
Foto: divulgação/Náutico
“Talvez resuma muito do que a gente conversou aqui. É o que é moderno, que se tem no mercado, vai trazer dinheiro novo e permitir muitas coisas do que a gente expôs hoje”, finalizou.
O que muda sem o bate-chapa?
Sobre o cenário de eleição sem bate-chapa, Bruno Becker estacou que esse contexto permite maior agilidade em decisões internas. Como exemplo, ele citou a mudança de fornecedor de material esportivo, que deve sair da Diadora para a Reebok.
“Se dá mais celeridade à algumas pautas. Isso é público, estamos num processo de mudança do fornecedor de material esportivo. Esse é um assunto que, no cenário de bate-chapa, teria que aguardar o resultado da eleição, para ver qual a gestão e se formalizar, aí teria que ir para o conselho. Então a gente ganha celeridade em várias pautas e acho que essa traduz muito bem (a importância)”, finalizou.
Foto: Gabriel França / CNC
Bruno Becker será aclamado presidente do Náutico
Com a saída da chapa de oposição liderada por Pablo Vitório e Gilberto Kabbaz, a eleição do dia 30 de novembro servirá apenas para aclamar o atual presidente alvirrubro para um novo mandato de dois anos. Assim, Bruno Becker seguirá no comando do Náutico até o fim de 2027.
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