Um empate que não resolve a vida de ninguém. Assim podemos descreve o 0 x 0 entre CSA e Confiança no Rei Pelé. Depois de um primeiro tempo de muita intensidade e boa criação de oportunidades para os dois lados, o segundo tempo começou com a expulsão do lateral sergipano Jonathan Bocão, mas os alagoanos não conseguiram capitalizar isso em gol, rendendo um segundo tempo mais amarrado e com poucas chances claras.
Quando olhamos para a tabela, esse empate significou chances perdidas. Para o CSA, era a chance de entrar no G4, colocando pressão sobre todos os adversários diretos pelo acesso, que ainda não jogaram nesta rodada. O Marujo é sexto, com 56 pontos, a dois do G4.
Na parte de baixo, poderia ser a chance do Confiança se posicionar no topo do Z4, igualando a pontuação do Brusque, primeiro time fora da zona da queda, e do Londrina, primeiro dentro do grupo. O Dragão é 19º, com 36 pontos somados, a dois da saída da zona.
Agora, o CSA volta a campo no domingo, enfrentando o vice-líder Coritiba, no Paraná, às 19h. O Confiança, por sua vez, joga às 16h30 do sábado, em casa, contra a Ponte Preta.
Jogo aberto e equilibrado
No confronto de azulinos, o sergipano e o alagoano entraram em campo com propostas diferentes, mas conseguiram render um primeiro tempo de jogo aberto e grande equilíbrio.
Para o CSA, o jogo era trabalhado no controle de posse de bola, buscando um domínio e uma maior intensidade ofensiva. Assim, o Azulão conseguia ter o domínio do meio de campo e fazer muita pressão sobre a defesa adversária. A melhor chance, inclusive, foi alagoana, com Guilherme Dellatorre batendo da intermediária para o travessão de Rafael Santos.
Do outro lado, o Confiança apostava nos contra-ataques, trabalhando para recuperar as bolas no campo de defesa e emplacar jogadas de velocidade. Além disso, o time também trabalhava em prol das bolas paradas. Com essa combinação, o Dragão conseguiu finalizar mais (8×7), e ter um número melhor de grandes oportunidades de gol. A melhor veio com Nirley, cabeceando cruzamento de João Paulo para grande defesa de Lucas Frigeri.
Vantagem numérica do CSA – jogo travado
Tudo que se pensava para o segundo tempo mudou logo no primeiro minuto. Em uma boa subida do Confiança, o CSA conseguiu recuperar a bola e o lateral Jonathan Bocão, do Dragão, cometeu falta sobre Clayton, e deu um pisão na mão do jogador. O VAR chamou e o árbitro decidiu pela expulsão do ala. Com isso, os sergipanos tiveram que enfrentar toda a segunda etapa com um a menos.
Dali, o jogo ficou mais travado e o seu ritmo caiu, com duas equipes mais entrelaçadas no meio de campo e com menos intensidade nas subidas. A primeira boa oportunidade só viria aos 16, com Rodrigo Rodrigues cabeceando para grande defesa de Rafael Santos.
Com um a menos, o Confiança já não conseguia ter a mesma força para um jogo de contra-ataque, o que aumentou o domínio do Marujo no campo de ataque. Ainda assim, com a defesa do Dragão mais bem postada, as chances eram pontuais. Na melhor, aos 34, Dellatorre recebeu sozinho na área e bateu rasteiro, cruzado, para grande defesa de Rafael Santos, principal nome do segundo tempo.
Ficha do jogo
CSA (0)
Lucas Frigeri; Everton Silva (Renato Cajá), Matheus Felipe, Lucão e Ernandes; Geovane (Bruno Mota), Yuri (Reinaldo) e Gabriel; Clayton (Didira), Marco Túlio (Rodrigo Rodrigues) e Guilherme Dellatorre. Técnico: Mozart Santos.
Confiança (0)
Rafael Santos; Jonathan Bocão, Nirley, Luan Bueno e João Paulo (Lucas Sampaio); Madison, Álvaro e Rafael Vila (Vinícius Barba); Williams Santana (Neto Berola), Ítalo (Adriano Júnior) e Tiago Reis (Gedeílson). Técnico: Luizinho Lopes.
Local do jogo: Estádio Rei Pelé (Trapichão), em Maceió-AL
Árbitro: Savio Pereira Sampaio (DF)
Assistentes: Daniel Henrique da Silva Andrade (DF) e Jose Reinaldo Nascimento Junior (DF)
Cartão vermelho: Jonathan Bocão (CON)
Cartões amarelos: Matheus Felipe, Yuri (CSA), João Paulo, Madison e Neto Berola (CON)
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