O cenário é dos mais adversos que o Bahia enfrenta na temporada até aqui. Sem vencer há cinco jogos, reunindo as partidas pelo Brasileirão e pela própria Copa Sul-Americana, o Tricolor de Aço ainda teve a defesa vasada em 11 vezes nesse intervalo, numa média acima de dois gols por jogo. Pois bem, é com esse peso nas costas que o Esquadrão entra em campo nesta quarta-feira, às 19h15, no estádio Norberto Tomaghello, na Argentina. Partida que sela a luta nas quarta de final contra o Defensa y Justicia, que se desenha como um dos maiores desafios da década para os baianos.
A começar pelo fato de ter que reverter uma desvantagem ingrata no placar de 3×2 construído pelos argentinos no jogo de ida. O Bahia precisa vencer por dois gols ou mais de diferença para levar a vaga direta, ou devolver o 3×2 para levar a decisão para os pênaltis, ou ainda vencer por um gols de diferença, desde que faça mais gols que os rivais no jogo de ida (4×3, 5×4, …).
E caso avance de fase, além de todo esse desenho de dificuldades que serão superadas, O Bahia quebrará um jejum que perdura no clube há mais de 30 anos. Desde 1990 que o clube não disputa uma semifinal de uma competição a nível nacional ou internacional. Naquele ano, o Esquadrão chegou à semifinal do Campeonato Brasileiro, porém acabou eliminado pelo Corinthians – que se sagraria campeão – no confronto em dois jogos. Logo, a classificação já daria ao Bahia a sua melhor participação na história da Sul-Americana.
Indio Ramírez é sinal de esperança
Embora tenha sido um placar duro para o Bahia, o 3 a 0 sofrido para o Palmeiras no último fim de semana pelo Brasileiro ao menos deu um sinal de esperança à torcida tricolor. A boa participação do colombiano ‘El Indio’ Ramírez em campo foi suficiente para que o atleta seja possivelmente alçado à titularidade nesta quarta.
Depois de aguardar um bom tempo para estrear, e de se condicionar fisicamente após contrair covid-19 até ser de fato testado em um nível técnico mais elevado, o jogador surge como uma alternativa de velocidade e condução de bola pelas pontas. Ou ainda mais centralizado, a depender da intenção do técnico Mano Menezes para a partida.
Além disso, a volta da dupla de volantes Gregore – após cumprir suspensão – e Ronaldo pode dar maior sustentação na defensa ao time que vem sofrendo com gols em demasia. Aliado a isso, a possível volta de Ernando na zaga como titular, ao lado de Juninho, reforça a esperança de sofrer menos no sistema defensivo.

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