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O novo sonho da América

Cascio Cardoso

Por Cascio Cardoso

Por Cascio Cardoso

Postado dia 27 de outubro de 2020

O gostinho de 2018 ainda está na boca. Há 2 anos, o Bahia foi avançando na Copa Sul-Americana e chegou às quartas-de-final, consagrando a melhor campanha do clube na história da competição internacional. Porém, com aquela sensação de que poderia ir muito além. Ao ser eliminado pelo Athletico nos pênaltis, conseguindo vencer na Arena da Baixada o jogo da volta, e em partidas onde as decisões de arbitragem foram questionáveis, tendo ainda, depois, que assistir o clube paranaense conquistar o título, o Bahia enxergou um caminho promissor pra transformar seu momento fora dos campos em um título marcante, em um salto histórico na sua grandeza. O Bahia sentiu que poderia ser ele o glorioso campeão. E passou a tratar a Copa Sul-Americana com todo carinho possível. A “Libertadores dos times periféricos”. E está corretíssimo.

A “Sula” é um torneio internacional valioso, reconhecido e acessível, por não ter os principais clubes do continente na disputa (pois disputam a Libertadores “original”.) Em 2019, esse sonho virou pesadelo bem rápido, com a precoce, inesperada, indesculpável eliminação para o Liverpool do Uruguai, na 1ª fase. Em 2020 o início foi promissor: duas partidas contra o Nacional do Paraguai, dois triunfos de imposição. Resultados contundentes que deram ao Bahia, inclusive, o direito de ficar no pote 1 do sorteio da segunda fase, sem riscos de enfrentar remanescentes dessa Libertadores “principal” . Esse desempenho 100% no primeiro mata-mata colocou o Bahia diante do Melgar, do Peru, na segunda fase. E, como quem trabalha certo tem sorte, o sorteio foi benevolente, abriu o caminho com um chaveamento que permite sonhar.

Não basta querer, tem que merecer, tem que jogar futebol. Técnico experiente pra isso tem. Elenco com qualidade pra ser competitivo, também. E na prática? Como será? O Bahia vê, em uma temporada atípica, de resultados ruins no campo, de frustrações, de risco de rebaixamento, de distância do seu torcedor (em vários sentidos), uma porta se abrir. Uma oportunidade gigantesca de fazer 2020 ser inesquecível de uma outra forma. De fazer esse novo sonho da América a tão esperada realidade do clube.


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