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Fortaleza, Ceará e Sport na base. Bahia ausente

João de Andrade Neto, Série A

Por João de Andrade Neto

Por João de Andrade Neto

Postado dia 2 de novembro de 2020

A seleção que escolhi para o primeiro turno da Série A, contando apenas com jogadores dos quatro representantes do Nordeste, acabou sendo um reflexo do que esses clubes apresentaram na primeira metade da competição. E também do bom momento do futebol cearense, com a dupla Fortaleza e Ceará possuindo quatro jogadores, cada, distribuídos nos três setores. Além disso, o Sport, que fechou o primeiro turno com 24 pontos (bem acima da expectativa inicial) emplacou três jogadores, sendo dois deles na defesa, ponto forte do esquema adotado a partir da chegada do técnico Jair Ventura.

Já o Bahia, dono do maior orçamento da região e consequentemente da maior decepção até agora ao ser o clube mais ameaçado pela zona de rebaixamento, não teve nenhum jogador lembrado. O que coloca mais um tijolo na desmistificação da teoria de que o Tricolor tem um grande elenco em mãos. Discurso que não se aplica há um ano nos resultados obtidos pelo time em campo.

A seleção foi montada no esquema 4-3-3, usado pela maioria dos clubes. Mas sem um centroavante fixo, uma vez que nem Cleber ou Rafael Sóbis, pelo Ceará, nem Wellington Paulista, pelo Fortaleza, nem Gilberto, pelo Bahia, ou muito menos Hernane Brocador, pelo Sport, fizeram por onde serem lembrados


Goleiro

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Um dos pilares do time de Rogério Ceni (e que a exemplo do chefe tem como característica saber usar bem o jogo com os pés), Filipe Alves vem mantendo o bom nível de atuações desde o ano passado. O goleiro atuou em 16 das 17 partidas do Tricolor (o Fortaleza encerrou o turno com dois jogos a menos). Luan Polli, do Sport, merece menção honrosa. Até por ser mais exigido (vide o bombardeio no jogo contra o Atlético-MG). Mas sem dúvida, Felipe Alves passa mais segurança.

Lateral direito

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Único jogador do Sport presente em todas as 19 partidas do turno e a ter jogado todos os 1.710 minutos da competição, Patric foi decisivo para que o Leão tivesse uma primeira metade da competição bem acima das expectativas iniciais. O camisa 2 deu três assistências para gols (contra Ceará, Goiás e Athletico Paranaense), sofreu dois pênaltis (Bahia e Palmeiras) e ainda marcou um gol (na vitória por 2 a 1 sobre o Grêmio, fora de casa).

Zagueiros

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O experiente jogador, de 34 anos, é um dos esteios da defesa menos vazada do Campeonato Brasileiro até aqui (apenas 12 gols sofridos). Seguro, consegue ser firme nos desarmes tanto por cima, quanto em jogadas aérea. Atuou em 15 partidas.

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O zagueiro conseguiu superar a desconfiança inicial após a sua contratação, com um futebol de muita eficiência defensiva, sobretudo em jogadas aéreas. Além disso, é o zagueiro com mais gols na competição. São quatro ao todo, sendo três de pênaltis. Atuou em 17 partidas.

Lateral esquerdo

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Posição talvez mais carente entre os times do Nordeste. Porém, ainda assim Bruno Pacheco conseguiu um certo destaque, principalmente no apoio ao ataque com duas assistências para gol, contra Red Bull Bragantino e Goiás. Sem comprometer na defesa. Esteve presente em 14 jogos do Vozão.

Volantes

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Adquirido pelo Ceará por R$ 3 milhões por 50% dos seus direitos econômicos junto ao Internacional, o volante Charles comprovou na Série A o bom futebol que já havia demonstrado com a camisa do Sport na Série B do ano passado. Um dos líderes de desarmes certos na competição, com média de 2,7 por jogo, segundo dados do Sofascore, o volante é uma das peças chaves do time de Guto Ferreira. Além disso, também consegue ajudar o ataque. Foram dois gols marcados até agora em 17 partidas.

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O homem das bolas paradas do Fortaleza, o volante Juninho também é uma espécie de coração do meio de campo do time de Rogério Ceni. Basicamente todas as jogadas começam com o camisa cinco. Já foram duas assistências diretas para gol nesta Série A, além de um gol marcado (contra o Flamengo). Defensivamente também é um dos pilares da defesa menos vazada da competição, atuando em 15 das 17 partidas do time.

Meia

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Principal jogador de um clube nordestino nesse primeiro turno da Série A, Vina vive no Ceará, aos 29 anos, o seu melhor momento na carreira. Maior goleador da região, com seis gols, o meia também é dono de três assistências que resultaram em gols para o Vozão na competição. O Ceará é um com com Vina e outro sem ele. Atuou em 14 partidas e esteve presente nas seis vitórias do alvinegro.

Atacantes

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O argentino chegou ao Sport trazendo na bagagem ainda a imagem de uma passagem apagada pelo Flamengo em 2016, sua última experiência no futebol brasileiro. E ganhou vida nova e uma nova importância tática com Jair Ventura, quando se firmou como titular. Além de ajudar na defesa é um dos principais responsáveis pela articulação ofensiva. Atuou 15 vezes e marcou um gol (contra o Palmeiras).

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Adquirido por R$ 5 milhões no início do ano junto ao Cruzeiro (números divulgados pelo jornal O Povo), o atacante foi uma aposta do técnico Rogério Ceni. E após um início pouco animador, vem crescendo bastante de produção nos últimos jogos, sendo decisivo em partidas importantes como nas vitórias sobre o Atlético-MG por 2 a 1 (quando marcou um gol) e sobre o Palmeiras, quando foi o autor dos dois que deram o triunfo por 2 a 0. Nessa seleção, atua como “falso nove”.

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Apesar da queda de rendimento nos últimos jogos, segue sendo uma importante válvula de escape do time de Guto Ferreira. Motorzinho que já distribuiu três assistências para gols e balançou as redes uma vez (na vitória por 2 a 1 sobre o Corinthians). Além disso ajuda bastante na recomposição defensiva, com uma média de 2,9 desarmes certos por partida. Superior ao companheiro de time Charles, que é volante. Entrou em campo 17 vezes.

Técnico

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Dono de quatro títulos em três anos no comando do Fortaleza, Rogério Ceni segue escrevendo seu nome como o maior técnico do clube em todos os tempos com mais um trabalho sólido na Série A. Isso porque o ponto forte do time que joga o melhor futebol da região não se concentra em um ou dois atletas, mas no conjunto. Ceni deu ao Fortaleza um padrão de jogo definido, que independe dos atletas que ele têm à disposição, uma vez que o treinador costuma rodar peças no elenco. O maior técnico da história do Fortaleza e hoje também um dos principais do País. Jair Ventura, ao tornar um combalido Sport em um time competitivo dentro de uma proposta de jogo defensiva também merece menção.

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