Uma década, que pode ser definida em uma noite. Desde que retornou e se fixou na Série A, o Bahia cresceu não só nos números do seu patrimônio, mas também em representatividade dentro e fora dos gramados. E para se firmar de vez como protagonista no cenário regional, realizar uma campanha expressiva na Copa Sul-Americana se tornou um dos principais objetivos do clube. Porém, a meta também se tornou um tabu, que para ser quebrado passará antes pela noite desta quinta-feira, às 21h30, contra o Melgar-PER na Fonte Nova.

Esta é a sexta participação do Tricolor de Aço na ‘Sula’, sendo todas na década atual. Na melhor delas até aqui, a campanha de 2018 carrega consigo traumas da eliminação nas quartas de final para o Ahtletico-PR, que vão desde o gol mal anulado na Fonte Nova, à queda nos pênaltis em Curitiba, mesmo depois de devolver a derrota por 1 a 0. Hoje, com um chaveamento ‘menos complicado’, a esperança de superar 2018 é um ponto motivador para os torcedores.

Pressão sobre Mano Menezes

Os traumas do passado não serão os únicos obstáculos para o Bahia neste jogo. O momento ruim sob o comando do técnico Mano Menezes, que tem a terceira pior largada em dez jogos pelo clube na era dos pontos corridos, aumenta a expectativa por um bom resultado nesta quinta. Sair de campo com a vaga nas oitavas de final, inclusive, pode se tornar o ponto de ‘virada’ para o trabalho de mano, que se destaca no cenário nacional pelo bom rendimento que possui em competições de mata-mata, com três títulos da Copa do Brasil no currículo.

Volta à Fonte Nova

Um ponto favorável ao Bahia é o fato de após oito meses voltar a jogar na Fonte Nova, sua principal casa, onde nesta temporada realizou apenas quatro jogos, e apresenta o melhor aproveitamento, com 58,3% dos pontos conquistados, contra 53,03% em Pituaçu – onde jogou 22 vezes, sendo três como visitante.

Cota milionária e gol qualificado

Em caso de classificação, o Tricolor também garante um fôlego substancial para o caixa do clube, com a premiação de U$ 500 mil, o que na – astronômica – cotação da moeda americana em relação à brasileira, hoje gira em mais de R$ 2,8 milhões. Até aqui, o Bahia já somou U$ 675 mil.

No entanto, a principal preocupação é com o critério de gol qualificado. Uma vez em que o Bahia perdeu o jogo da ida, em Lima, por 1 a 0, caso sofra um gol na Fonte Nova o Esquadrão precisará vencer por dois ou mais gols de diferença. Uma vitória simples, por 1 a 0, leva a disputa da vaga para os pênaltis.

Retornos e desfalques

Mesmo sem sinais sobre a escalação da partida, Mano Menezes não deve realizar grandes mudanças na equipe. Exceto pela perda de Ernando, lesionado no jogo de ida, que deve dar vaga a Nino Paraíba, e a comemorada volta de Rodriguinho após deixar o Departamento Médico.

Foto: Felipe Oliveira /ECB