Seis clubes dentro de um recorte de apenas 4 pontos entram na reta final do grupo A da Série C em uma insólita condição de brigar pela classificação e contra o rebaixamento ao mesmo tempo. No cenário que está desenhado, existe uma vaga aberta para o quadrangular do acesso e uma vaga para a quarta divisão.
Restando quatro rodadas para o fim da primeira fase, com distribuição quase igual de jogos dentro e fora de casa – o Manaus é o único que tem apenas um mando de campo -, existe ao menos um fator para medir o grau de dificuldade da tabela de cada um: O Imperatriz. Sem o mínimo de competitividade, o clube maranhense não pontua desde a 3ª rodada e levou 18 gols nas últimas três partidas. Não parece exagero dizer que se trata de uma vitória “na conta” para seus adversários. Dos seis clubes que estão no “limbo” do grupo A, Paysandu, Ferroviário e Manaus ainda terão o Imperatriz pela frente. Uma vantagem significativa, sobretudo para os dois times do Norte, que o enfrentam fora de casa.
Paysandu – 19 pontos
Jogos: Imperatriz (fora) – Ferroviário (casa) – Botafogo (casa) – Remo (fora)
Atravessando um momento de crescimento e invicto há quatro jogo, o Paysandu tem a tabela ideal para defender sua posição. Além de ter o “bônus” do Imperatriz, o jogo no Maranhão na próxima segunda-feira (16) será o último fora de Belém. Depois serão três semanas sem viagem, com dois confrontos diretos para encaminhar a classificação. No fim, o clássico contra o Remo é, naturalmente, um jogo de alto risco.
Manaus – 19 pontos
Jogos: Treze (fora) – Santa Cruz (fora) – Remo (casa) – Imperatriz (fora)
Assim como o Paysandu vive um bom momento no campeonato, também não perde há quatro rodadas e terá o “bônus” do Imperatriz pela frente. Porém o clube do Amazonas traz duas desvantagens consideráveis: Tem um baixo número de vitórias (4) que inviabiliza seu critério de desempate e fará ainda três jogos fora de casa. Detalhe: O Manaus não venceu nenhuma partida como visitante até aqui. Para seguir disputando a classificação, precisará de pelo menos quatro pontos contra Treze e Santa Cruz, ambos os jogos no Nordeste.
Ferroviário – 18 pontos
Jogos: Jacuipense (casa) – Paysandu (fora) – Imperatriz (casa) – Santa Cruz (fora)
A derrota para o Treze, em casa, na 13ª rodada tornou a missão do Ferroviário complicada para seguir vivo na Série C. A conta da sobrevivência é simples: Precisa vencer a Jacuipense no próximo sábado e partir para um confronto direto com peso de decisão, em Belém, diante do Paysandu. Uma eventual derrota praticamente selaria a eliminação – direcionando o foco do tricolor para a permanência. Caso consiga o empate, garante ao menos levar a decisão para a rodada final, onde o Paysandu terá um clássico diante do Remo e o Ferroviário terá o Santa Cruz no Arruda, talvez, atuando com um time reserva já visando o quadrangular.
Jacuipense – 17 pontos
Jogos: Ferroviário (fora) – Treze (casa) – Santa Cruz (casa) – Vila Nova (fora)
O grau de dificuldade da tabela na reta final desta fase deixa claro que o foco do clube baiano deve ser mesmo a permanência. Para isso, o jogo-chave será o da 16ª rodada diante do Treze, em casa. Ainda assim, três pontos não parecem suficientes para evitar o rebaixamento. O problema é identificar onde seria possível para a Jacuipense conseguir uma segunda vitória. A única brecha seria o cenário de um Santa Cruz poupando sua força máxima da viagem e do gramado irregular. Porém não existe qualquer sinalização de que isso acontecerá. Projetar classificação seria desconsiderar o perfil de pontuação do time na competição.
Treze – 16 pontos
Jogos: Manaus (casa) – Jacuipense (fora) – Vila Nova (casa) – Botafogo (fora)
Naturalmente o foco também é a permanência. Porém o clube de Campina Grande pode virar a chave nas duas próximas rodadas – com jogos de nível de dificuldade moderados contra Manaus e Jacuipense. O clube do Amazonas não tem nenhuma vitória fora de casa e o time do interior baiano é um adversário direto e sob forte pressão. Caso some os seis pontos, o Treze entraria vivo nas rodadas finais. Claro que este cenário existe que a equipe do técnico Márcio Fernandes apresente uma consistência que ainda não demonstrou nesta edição. Mas…reta final tem dessas coisas.
Botafogo – 15 pontos
Jogos: Vila Nova (fora) – Remo (casa) – Paysandu (fora) – Treze (casa)
Baixa pontuação, desvantagem no número de vitórias e uma tabela pesada pela frente obrigam o Belo a focar na permanência. As mudanças na equipe – como o retorno de Marcos Aurélio – e a goleada sobre o inexistente Imperatriz deram uma injeção de ânimo, mas não se pode perder o eixo. Os três próximos jogos são contra adversários do G4 e dois deles fora de casa. Caso chegue no clássico da última rodada precisando da vitória para permanecer (ou seja, manutenção do cenário atual) já seria lucro. O confronto direto entre Jacuipense e Treze na 16ª rodada pode ser um alento para uma tabela complicada.
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