No clássico atrasado da rodada 18, o Bahia soube suportar a pressão ofensiva do Fortaleza e foi eficaz para sair vitorioso na noite desta quarta-feira. A vitória por 2 a 1 não significou ao Esquadrão o controle da partida, que pela maior parte esteve nas mãos do time cearense. No entanto, os baianos aproveitaram os erros da zaga adversária e construíram o resultado. Triunfo que não só reforça a melhor fase do comando de Mano Menezes até aqui, na terceira conquista seguida, como também o ganho de quatro posições na tabela da Série A, agora 9º colocado.

‘Arame liso’ do Fortaleza

O jogo começou com o Fortaleza mais incisivo, tentando abrir a vantagem que o deixaria em uma posição mais confortável. Tanto que já aos 3 minutos Juninho Capixaba recebeu o primeiro cartão amarelo, depois de jogada veloz de Gabriel Dias. Mas o cerco não fechava, e o arame liso não machucava o bem postado Bahia. Foi assim até os 23 minutos.

Eficácia do Bahia

Sendo acuado jogando em casa, o Bahia esperou pelos erros cometidos pelo rival, fosse em passes errados ou em espaços gerados. E já havia tentado aos 11′ com Gilberto, mas aos 23′ enfim abriu o placar, numa conjuntura de falhas, que se estenderam da falta de combate de Juninho e o erro de posicionamento de Paulão, até a saída atrasada de Felipe Alves da meta. Juninho, o do Bahia, só escorou.

2º tempo quase com o mesmo roteiro

A etapa complementar seria praticamente idêntica à primeira, se não fosse pelo fato de que, enfim, a pressão do Fortaleza fez efeito, o arame feriu. Novamente, desde o começo da etapa amarelando marcadores rivais, o Leão do Pici marcou com Bérgson de cabeça (e de ombro) aos 19 minutos.

Não demorou nem quatro minutos e o Fortaleza também voltou a falhar na zaga. E o Bahia, que tentava as mesmas investidas, sobretudo com a criação de Fessin, com bons lançamentos de contra-ataque, aproveitou de novo um cochilo para matar a partida. Aos 22′, em bola rebatida na área, Gilberto pegou a sobra do rebote, mas foi ao chão depois de trombar com Felipe. O artilheiro converteu com tranquilidade.

Mano, então mexeu todo o meio de campo praticamente, com Rodriguinho, Clayson e Elton, e depois ainda fecharia a casinha com mais um zagueiro em campo. Montenegro até tentou dar fôlego novo com Yuri César e Wellington Paulista, mas não surtiu efeito.

Estatísticas

Posse de bola: Bahia 33% x 67% Fortaleza
Finalizações: Bahia 13 x 8 Fortaleza
Finalizações no gol: Bahia 6 x 1 Fortaleza
Passes certos: Bahia 199 (78%) x 461 (89%) Fortaleza
Faltas: Bahia 14 x 11 Fortaleza
Desarmes: Bahia 16 x 13 Fortaleza
Fonte: Sofascore

Novos erros de arbitragem

A atuação de Wagner do Nascimento Magalhaes reforçou a opinião dos críticos do quadro nacional. Deixando de marcar faltas claras, como por exemplo o lance aos 11 do segundo tempo, quando Paulão levou a mão ao rosto de Gilberto para interromper a jogada, o que seria falta para cartão amarelo, e consequentemente a expulsão do zagueiro, que já estava amarelado, além de ser um lance próximo à meia lua.

Melhores em campo

Fessin foi destaque pelo Bahia, sabendo segurar a posse de bola ou acelerar o jogo quando necessário, deixando os companheiros em boa condição de finalização por pelo menos três lances. Pelo Fortaleza Gabriel Dias se destacou pelo apoio ofensivo, levando perigo com cruzamentos e jogadas de velocidade.

E os piores

Não poderia ser diferente a marcação de Paulão nesta seção. Além da expulsão merecida e não marcada no segundo tempo, escapou de receber o vermelho direto em lance de dividida mais dura. Não por maldade, mas atingiu Juninho Capixaba por ter entrado mais forte e, mesmo com consulta ao VAR, foi livrado da expulsão.