O último terço da Série A 2020 para os clubes nordestinos

Chegamos ao último terço da Série A com todos os representantes do Nordeste fora do Z4. Desde 2018 a região mantém quatro clubes na elite nacional, mas este pode ser o primeiro ano sem rebaixamento de um nordestino dentro deste cenário. Analiso abaixo a situação de cada clube até aqui nos dois primeiros terços da competição e o que resta para cada um nas últimas 13 rodadas.

Ceará

O Alvinegro de Porangabussu teve a maior maratona de jogos dentre os 4 clubes da região após a retomada do futebol. O desgaste em jogos importantes e a pouca rodagem no elenco foram motivos para um começo com muitos tropeços. Tendo perdido mais da metade dos jogos no primeiro terço, o clube passou a pontuar com mais frequência no segundo (apesar de muitos empates) – sendo derrotado apenas duas vezes. O grande trunfo para o Vovô conseguir seus objetivos está em Vina, responsável direto por muitos gols decisivos na temporada. Para confirmar a permanência precisará de poucos pontos em relação aos outros nordestinos e, caso repita o bom rendimento do segundo terço, tem tudo pra conseguir a vaga na Sul-Americana.

Fortaleza

No segundo terço o Leão do Pici manteve a boa média de gols sofridos que ocorreu no início da campeonato, apesar de um leve aumento. Só que é a baixa conversão de gols o grande empecilho do tricolor na competição. A média de gols marcados desde o início da Série A não evoluiu e, com isso, a queda no aproveitamento dos pontos foi a principal mudança de um terço para o outro. O Fortaleza não largou bem nas primeiras rodadas, mas teve no fim do primeiro terço e no começo do segundo o seu melhor momento. O problema é que nos últimos nove jogos obteve apenas uma vitória e fez acender o alerta no clube. A saída de Ceni e a chegada de Chamusca geraram uma incerteza sobre a real condição para a reta final. Para se manter na elite com mais segurança. o Tricolor precisa melhorar o seu rendimento do apresentado no segundo terço.

Sport

A maior queda de rendimento do nordeste entre os terços foi a do Leão da Ilha. Na primeira parte do campeonato, o Sport surpreendeu muitos quando fechou na quinta colocação, dando já uma ótima pontuação no objetivo de permanência. Porém o que se viu na segunda parte foi uma queda acentuada no aproveitamento, tendo duas sequências de quatro derrotas seguidas que custaram o segundo pior desempenho dentre os vinte clubes nesse período. Em 2018, o clube viveu uma situação semelhante de queda de rendimento entre os dois primeiros momentos. Com a queda da média de gols marcados e o aumento dos gols sofridos, o rubro-negro pernambucano tenta esquecer esse meio de campeonato e apresentar um rendimento mais regular para garantir sua permanência na Série A do próximo ano.

Bahia

Em 2020 se esperava bem mais do Bahia pelo investimento que foi feito no clube na temporada. O fraco começo no primeiro terço fez o clube mudar o comando técnico, mas os resultados demoraram a aparecer nos primeiro jogos de Mano Menezes. Tendo obtido 16 pontos nos oito jogos iniciais da segunda parte do campeonato, as últimas quatro derrotas voltaram a gerar preocupação. O sistema defensivo da equipe ainda segue como o principal problema a resolver. Com a Sul-Americana dividindo atenções nos últimos jogos, o Tricolor de Aço entra no terço final primeiramente pra escapar o mais rápido possível do Z4 e, quem sabe até, buscar vaga num torneio internacional, caso seu rendimento apresente melhora daquela expectativa criada no começo da temporada.

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