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Evandro Carvalho, Presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF-PE) Evandro Carvalho, Presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF-PE)

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Presidente da FPF aponta falta de datas para o estadual de 2021

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De acordo com o calendário do futebol nacional de 2021, divulgado pela CBF, entre a rodada final da Série A do Campeonato Brasileiro e o início dos estaduais, haverá um intervalo de apenas quatro dias, entre 24 e  28 de fevereiro. E não bastasse o espaço mínimo entre as competições, ainda há outro problema a ser resolvido no que diz respeito ao Campeonato Pernambucano. 

Em entrevista ao NE45, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, revelou problemas para organizar a competição do próximo ano. Por falta de datas. Isso porque, das 16 reservadas pela CBF para a organização dos estaduais, 12 necessariamente terão que ser reservadas para a realização da Copa do Nordeste, por decisão judicial favorável à Liga do Nordeste. Com isso, sobrariam apenas oito para o Pernambucano. Número considerável inviável por Evandro. O Estadual de 2020 contou com 13 datas. 

Segundo Evandro, a realização de um Campeonato Pernambucano mais enxuto, como ocorrerá com o Campeonato Cearense, se torna complicado pelo contrato de televisionamento já assinado entre os clubes e a Rede Globo, formalizado para uma competição com 13 datas. Dessa forma, uma redução impactaria no bolso dos clubes, mas só em 2022, último ano do contrato atual entre a emissora e a FPF pelo Pernambucano. Isso porque a receita de 2021 já foi antecipada pelos clubes, com Sport, Náutico e Santa Cruz recebendo, cada um, R$ 1 milhão.

“Temos um contrato de televisão já pago aos clubes. Tenho que conseguir mais quatro datas, não sei como. Não dá para fazer um campeonato com oito datas. Isso não é um campeonato, é um torneio e os clubes perdem dinheiro” alegou Evandro.

“Os clubes receberam R$1 milhão (os três grandes) para jogar um campeonato de 13 datas. Se reduzir para oito, reduz também o dinheiro. Mas o pagamento de 2021 já foi adiantado. Se for reduzido, esse valor será abatido da cota de 2022, que é o último ano do contrato”, completou o cartola. “O problema é que antes nós conseguíamos antecipar o início do Estadual para o começo de janeiro e ganhávamos datas. Mas agora como vamos antecipar, se o Sport vai jogar o Brasileiro até o final de fevereiro?”

Evandro ainda enxerga mais outro possível problema para o Campeonato Pernambucano, que seria uma possível classificação do Sport para a Sul-Americana (o que inviabilizaria a intenção da FPF de usar as datas reservadas no calendário nacional para a disputa da competição continental). E não descartou jogos com intervalos de 48 horas. 

“Se o Sport for para a Sul-Americana, o Campeonato (Pernambucano) simplesmente não acaba, porque não vai ter data. Vai ser como foi o ano da final contra o Salgueiro (em 2017, quando o jogo de volta da decisão foi disputado 52 dias após a ida, já durante o Campeonato Brasileiro). Dentro do pior cenário, podemos marcar jogos com intervalos de 48 horas”, sugeriu.

Por fim, o dirigente ainda voltou a criticar, como de praxe, a Liga do Nordeste por conta da Copa do Nordeste. “Nós estamos tentando colocar a Copa do Nordeste no segundo semestre, mas o pessoal da Liga é irredutível e não quer. Também pedimos que, ao invés de 12, eles fizessem a Copa do Nordeste em 10 datas. Mas a Liga não abre mão de nada, não quer saber das outras competições. Aí realmente fica difícil. Ainda bem que essa Liga acaba em 2022 e vai ser um sufoco a menos para a CBF e para a gente”, afirmou.

Foto: Divulgação/FPF

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