O empate contra o Botafogo-SP, mesmo fora de casa, foi decepcionante. A necessidade de bater alguém que estava abaixo de você e assim dar passos largos para encostar no pelotão de fora do Z4 levou a essa sensação de pontos perdidos. Porém, o caminho do Náutico para fugir a tempo da degola ainda é visível a olho nu. São três pontos de diferença para o Figueirense e oito para o décimo segundo: o Brasil de Pelotas. Há quatro rodadas, essa desvantagem era de, respectivamente, sete e onze pontos. Ou seja, dá para pressupor que hoje há sete times para duas vagas para a Série C.
8 pontos separam 7 times
3 pontos tiram o Timbu do Z4
Porém, dessa turma, há uma tendência enorme do Paraná ficar com uma delas. São dez jogos sem vencer, sendo oito derrotas consecutivas. O CRB, dos demais seis times, é quem vem mais próximo em trajetória de queda, quando se observam as cinco últimas rodadas. Somou apenas dois pontos. Depois dele, quem arrematou menos foi o Operário, com seis de 15 possíveis. Ou seja, dentro do possível, esse grupo de baixo vem pontuando acima de 33%. E aí vem o desafio do Náutico.
Paraná: 0 em 15 pontos
CRB: 2 em 15 pontos
Náutico: 7 em 15 pontos
No horizonte das quatro próximas rodadas, a tabela do Timbu é, teoricamente, a mais complicada. É o único que pega três do G6 (os que hoje estão mais cotados para ascender à elite do país). E o porquê desse recorte? O sexto colocado, o Cuiabá, tem quatro pontos de vantagem para o Avaí, que puxa o restante da fila, uma pequena vantagem, mas relevante a se considerar diante de uma classificação tão embolada.
O Paraná, se não tivesse tão mal, teria o cenário mais tranquilo. Enfrenta dois clubes desse grupo de sete e ainda o Botafogo-SP, vice-lanterna. Na verdade, se ainda tiver poder de reação, terá de se apresentar agora.
Paraná: CRB (F); Brasil (C); Chapecoense (F); Botafogo (C)
Mesmo contexto do CRB, que, após flertar com o sonho do G4, ao derrotar o Náutico, por 2 a 1, em Maceió, dia 21 de novembro, ficou muito mais próximo do pesadelo do Z4, ao fazer apenas dois de 18 pontos nas últimas seis rodadas. O clube regatiano tem justamente Paraná e Botafogo-SP em casa, na sequência. Fazendo seis pontos, vira a página e respira. Se decepcionar, tem na sequência, fora, América-MG e Avaí e aí se torna o principal time na alça de mira do Náutico para levar o X.
CRB: Paraná (C); Botafogo (C); América-MG (F); Avaí (F)
Por isso, se o Náutico atravessar esses quatro confrontos e assim permanecer com os adversários nessa mesma distância na mira estará bastante vivo. Até porque o Figueirense, o primeiro fora da zona, tem uma sequência dura diante de três clubes na primeira página da classificação, sendo um clássico em casa contra o rival Avaí.
Náutico: Chapecoense (F); Sampaio (C); Cuiabá (C); Confiança (F)
O Operário também tem uma sequência, teoricamente, complicada, com dois times do G6, e confronto direto com o Vitória, fora de casa. Situação semelhante ao do próprio Leão baiano.
Já o Brasil, de Pelotas, o time com mais gordura para queimar, pode se livrar dessa turma se vencer Botafogo-SP e Paraná na sequência, dois clubes do fundão da tabela.
Os G7 contra a degola:
Sete times x 2 vagas em jogo
BRASIL PELOTAS
36 pontos
7 nas últimas cinco rodadas
4 próximos adversários
Botafogo (C); Paraná (F); Confiança (C); Chapecoense (F)
OPERÁRIO
35 pontos
6 nas últimas cinco rodadas
4 próximos adversários
Ponte Preta (C); Cuiabá (F); Juventude (C); Vitória (F)
CRB
34 pontos
2 nas últimas cinco rodadas
4 próximos adversários
Paraná (C); Botafogo (C); América-MG (F); Avaí (F)
VITÓRIA
33 pontos
7 nas últimas cinco rodadas
4 próximos adversários
Juventude (C); Oeste (F); CSA (F); Operário (C)
FIGUEIRENSE
31 pontos
9 nas últimas cinco rodadas
4 próximos adversários
América-MG (C); Guarani (F); Avaí (C); Oeste (F)
PARANÁ
29 pontos
0 nas últimas cinco rodadas
4 próximos adversários
CRB (F); Brasil (C); Chapecoense (F); Botafogo (C)
NÁUTICO
28 pontos
7 nas últimas cinco rodadas
4 próximos adversários
Chapecoense (F); Sampaio (C); Cuiabá (C); Confiança (F)
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