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Treze vai propor uso de recursos da Timemania para evitar novos leilões

PB, Últimas

Por João de Andrade Neto

Por João de Andrade Neto

Postado dia 17 de dezembro de 2020

Após correr o risco de perder o estádio Presidente Vargas em um leilão para pagamento de uma dívida de R$ 4,6 milhões com o Internacional de Lages-SC referente a contratação do ex-meia Marcelinho Paraíba em 2016 (não apareceu compradores), o departamento jurídico do Treze definiu uma nova estratégia para impedir que o PV, assim como outros bens do clube, voltem a ser penhorados. Em entrevista ao NE45, o diretor jurídico, Warlen Andrade, revelou que a ideia será propor o pagamento das ações trabalhistas contra Galo com 60% dos recursos a que o clube tem direito mensalmente com a Timemania.

Criada em 2008, a loteria tem como finalidade principal a quitação de dívidas fiscais dos clubes com a União (INSS, FGTS, Receita Tributária, Receita Previdenciária e Procuradoria Geral da Fazenda Nacional). Porém, segundo Warlen Andrade, esses débitos já estão controlados pelo Treze. Com isso, a ideia é dar outra destinação a esses recursos e tentar sanear, aos poucos, as causas trabalhistas contra o clube. Em média, segundo o advogado, o Galo arrecada de R$ 60 mil a R$ 70 mil por mês com as apostas dos torcedores na Timemania.

Leia Mais: Estádio Presidente Vargas vai à leilão, mas não é arrematado

“Na verdade podemos utilizar esse dinheiro como melhor convir. E como nossas dívidas fiscais estão controladas, não fazia sentido deixar esse recurso parado. Já por conta das dívidas trabalhistas, várias receitas estão bloqueadas, como as cotas da Copa do Brasil e da Copa do Nordeste. A nossa ideia é propor as causas que já estão executadas o pagamento com o dinheiro da Timemania e evitar assim novos leilões”, argumentou o diretor jurídico do Treze, que acredita no sucesso da proposta.


“Vamos apresentar essa proposta e acredito que os atletas que possuem causas contra o clube aceitem. Existem processos de 10 anos esperando e por isso acredito que boa parte vai aceitar. Ao invés de esperarem arrematar um estádio que é está em processo de ser tombado como patrimônio histórico e com isso não poderia ser derrubado”, completou.

“Não foi a primeira vez que o Presidente Vargas foi à leilão e não foi arrematado. Isso infelizmente vem sendo recorrente. Mas existe o temor e por isso vamos tentar liquidez das dívidas do clube com essa proposta. Ao mesmo tempo que liberaríamos as outras receitas, o que permite o clube se sustentar”, completou.

Com relação à dívida de R$ 4,3 milhões com o Inter de Lages, o departamento jurídico do Treze já entrou com um recurso alegando que contratou o jogador, na época, de forma lícita e que, por isso, não pode ser responsabilizado pela suposta quebra de contrato do ex-atleta.

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