Após a saída de Mano Menezes, no último domingo, o Bahia agiu rápido e definiu Dado Cavalcanti como técnico da equipe para a sequência da Série A. Pode-se dizer que conta a favor da escolha pelo treinador o conhecimento da casa, ainda que isso não signifique resultados imediatos. Até porque o comandante terá muito trabalho no Esquadrão, que vive momento de baixa em 2020. Nesta matéria, o NE45 traz alguns dos principais desafios que terá pela frente no Tricolor. Confira tópico por tópico abaixo.
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Defesa
Assim que foi apresentado no Bahia, Mano afirmou que a defesa era um dos pontos que mais daria atenção – e as expectativas eram boas, afinal, historicamente o treinador armou times a partir de um sistema defensivo sólido. Porém, isso não ocorreu em Salvador.
Com o técnico, o Esquadrão se tornou a pior defesa da Série A e ainda não conseguiu reverter este quadro. Nas últimas três partidas, foram nove gols sofridos – em toda a competição são 46 em 28 rodadas.
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Além disso, é importante que haja uma definição no setor. Isso porque a equipe vem sofrendo com desfalques: Ernando foi ausência por um mês, Lucas Fonseca está fora e Anderson Martins perdeu alguns jogos – o que compromete a tentativa de estabilidade.
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Pontaria
O Bahia é o quinto time que mais desperdiça chances claras na Série A. Até aqui, em 26 rodadas, foram 28 oportunidades reais de gol que o time não conseguiu aproveitar – mais de uma por partida, de acordo com o Sofascore, melhor no quesito apenas que o Flamengo (57), Atlético-MG (40), Athletico (29) e Ceará (29). Ou seja, o time consegue criar, mas falha na pontaria.
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Confiança
Exceto no início, e por um recorte bem breve, o Bahia ainda não conseguiu ser regular na Série A, tanto é que figura o campeonato praticamente inteiro na segunda parte da classificação e já trocou duas vezes de treinador. Porém, a curva descendente atual é a mais acentuada.
São cinco derrotas consecutivas e não existe mais a Sul-Americana como ponto de apoio para retomar o bom momento – o Tricolor novamente fez boa campanha, mas caiu na semana passada nas quartas de final. Na tabela, o Esquadrão está estagnado na beira da zona de rebaixamento, com 28 pontos em 16º lugar, apenas um acima do primeiro time que abre a degola (Vasco).
É o momento mais complicado da temporada e o técnico que chegar vai precisar trabalhar o ânimo do grupo, que vem de reveses e eliminação, precisando reagir o quanto antes na luta contra o rebaixamento.
Base – boa perspectiva
Por conta do trabalho feito na equipe de transição durante o Estadual deste ano, comandando a equipe sub-23, Dado pode recuperar algumas peças para a Série A. Casos do volante Edson, do meia Ramon, além dos atacantes Fessin e Saldanha, que tiveram boas atuações e projeção com o treinador, havendo perspectiva de serem novamente bem aproveitados – ainda que na Série A a exigência e cobrança seja maior -, uma vez que o técnico sabe como e o máximo que pode extrair de cada um deles. Resta aguardar para ver o trabalho no campo.
Foto: Felipe Oliveira/ Bahia EC
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