O meia-atacante Índio Ramirez, o técnico Mano Menezes e o árbitro Flávio Rodrigues de Souza foram intimados a comparecer à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância do Rio de Janeiro para prestarem depoimento sobre a acusação de racismo feita pelo volante Gérson após o confronto entre Flamengo e Bahia, no último domingo.
A denúncia foi feita por Gérson logo após a partida. Em entrevista, ainda em campo, ao canal pago Premiere, o jogador acusou o atacante Ramirez de ter dito “cala boca, negro” em uma discussão durante a partida.
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A intimação foi solicitada pela delegada Márcia Noeli, responsável pelo caso. Gérson prestará depoimento na manhã desta terça-feira. Ainda não há data para o comparecimento das outras pessoas que serão ouvidas.
“Instaurei inquérito e combinei com o departamento jurídico do Flamengo para que o Gerson viesse aqui para que pudesse relatar tudo o que aconteceu. Pedi para CBF os documentos referentes ao jogo (súmula). Injúria racial é crime e tem que ser punido. Importante as pessoas entenderem que não pode haver mais racismo”, afirmou a delegada nesta segunda-feira, em entrevista coletiva.
A denúncia feita por Gérson também foi relatada na súmula da partida, pelo árbitro Flávio Rodrigues de Souza que, no entanto, informou que não percebeu o suposto ato de racismo dentro de campo.
Em comunicado oficial, o Bahia informou que afastou de imediato Índio Ramirez das atividades no clube, mas dará ao jogador o direito de defesa (o atacante nega o ato de racismo). O técnico Mano Menezes foi demitido pelo clube após a derrota por 4 a 3 para o Flamengo.
Foto: Alexandre Vidal/Flamengo
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