A olho nu, meia dúzia de jogos do Sport na Série A, independentemente do recorte, são suficientes para perceber o peso e a influência que Lucas Mugni exerce no time. Ou melhor, exercia, já que o argentino não chegou a um acordo para permanecer e deixa a Ilha do Retiro nesta quinta-feira, quando se encerra o contrato.
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Entretanto, quando se olha as estatísticas e destrincha as atuações de Mugni, fica ainda mais evidente a falta que o jogador fará, especialmente quando levado em conta o contexto do elenco Rubro-negro. Nesta matéria, o NE45 ilustra o impacto da saída do argentino. Confira tópico por tópico abaixo.
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Desarmes
Apesar de historicamente ter sido um meia de ligação e então camisa 10 no Oriente Petrolero-BOL, Mugni mostrou uma face combativa no Sport. Bem combativa, aliás, com números superiores até o de jogadores teoricamente especialistas no quesito.
Isso porque, na Série A, o argentino era o jogador do Leão com maior média de desarmes: 2.6 por partida. Logo após Mugni, aparecem com destaque no fundamento Betinho (2.3 por jogo) e Sander (1.9 por jogo). As roubadas de bola do jogador certamente farão falta a um time, sobretudo, reativo.
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Versatilidade
Mugni ganhou espaço no Brasileiro sob o comando de Jair Ventura e se destacou pela versatilidade, conseguindo, de fato, ir bem em mais de uma função. Inicialmente, foi usado aberto pela esquerda, quando o Sport atuava com um trio de volantes. Neste recorte, teve boas participações, como o gol contra o Palmeiras, e a criação da jogada do pênalti contra o Fluminense.
Em seguida, com a ausência de Betinho, foi trazido para a faixa central, como volante. E seguiu bem, com regularidade, sendo um dos poucos destaques durante o momento de declínio do Sport. Ali, deu assistência contra o Internacional e elevou a boa média de desarmes, com cinco contra o Red Bull Bragantino e seis diante do Athletico Paranaense.
Por fim, mais recentemente, nos últimos três jogos, foi usado aberto pela direita. Inicialmente, demonstrou certa dificuldade de adaptação, mas logo mostrou-se efetivo: deu assistência contra o Grêmio e teria repetido a dose contra o Goiás – se Dalberto não tivesse demonstrado senso de posicionamento ruim e se colocado em impedimento em um lance teoricamente simples, já que o argentino, no momento do passe, estava próximo à linha de fundo.
Entrega
Mugni também era um dos jogadores que mais se destacava nas distâncias percorridas do Sport. Incansável, buscava o jogo a todo o tempo, preenchendo os espaços no meio de campo, como avalia o analista do NE45 e comentarista do Podcast 45 Minutos, Lucas Liausu.
“O argentino, se escalado no meio de campo, consegue cumprir bem os papeis defensivos e ofensivos ao mesmo tempo que vê companheiros sequer fazendo suas funções com qualidade. Mugni se notabilizou pela força na marcação e, apesar do jeito desengonçado, pela chegada no ataque para ajudar Thiago Neves, Marquinhos ou quem mais estiver por lá”, afirmou em trecho da coluna publicada nesta quarta no portal – clique aqui para ler na íntegra.
OPINIÃO: O buraco que Lucas Mugni deixa no Sport. Por Lucas Liausu
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setores do campo. Fonte: Sofascore
Difícil reposição
Por toda a versatilidade e regularidade, é difícil a reposição do argentino. Tanto é que, tendo em vista que vinha atuando aberto pela direita, Jair Ventura não tem uma peça para suprir de imediato, abrindo espaço para mudança de esquema, entrada de um atacante ou volante no setor – clique aqui para ler a análise detalhada e completa.
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Números…
Além disso, Mugni era o vice-líder de assistências da equipe na Série A, com três passes para gols (atrás apenas de Patric, que tem cinco). O argentino serviu os companheiros contra Internacional, Santos e Grêmio. Quanto aos gols, marcou um, diante do Alviverde Paulista.
Estatísticas gerais pelo Sport na Série A
Jogos: 23 (17 como titular)
Gols: 1
Assistências: 3
Finalizações: 0.7 por jogo
Aproveitamento nos passes: 76%
Dribles: 1.2 por jogo
Desarmes: 2.6 por jogo (melhor do Sport e quarta melhor do Brasileiro)
Interceptações: 0.4 por jogo
Faltas: 1 por jogo
Disputa de bolas vencidas: 50%
Cartões: 2 (ambos amarelos)
– Fonte: Sofascore
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