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Seis nordestinos disputam o Brasileiro Feminino Sub-18

Edição 2020 termina em março; a 2021 começa em julho

Foto do troféu do Brasileiro Feminino A1 (Foto: Mariana Sá / CBF)

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*com Camila Sousa

Seis equipes nordestinas participam da primeira competição de futebol feminino que começa em 2021: o Brasileiro Feminino Sub-18 – edição 2020. De acordo com o calendário da CBF, a edição de 2021 está marcada para julho deste ano. Bahia, Ceará, Fortaleza, Vitória, São Francisco e Sport são os times que, entre os 24 participantes, representam a base nordestina feminina no torneio que começa terça-feira (26) às 8h (sim, oito da manhã).

Mas mais tem polêmica: muitos clubes reclamaram de terem sido avisados das novas datas “em cima da hora”. Originalmente, o torneio aconteceria em outubro de 2020, mas foi adiado por conta da pandemia. Em julho, a CBF publicou em seu site oficial um ajuste no calendário de 2020 e uma previsão de que o sub-18 fosse remanejado para dia 6 de janeiro. No entanto, a entidade só teria confirmado as datas aos clubes participantes em dezembro.

Alguns clubes, como o Palmeiras, contrataram equipes para atuar no campeonato. Outros recorreram a atletas indicadas por colegas ou pela coordenação técnica para montar e treinar um time às vésperas do torneio. Poucos, como o Internacional, atual campeão, já têm tradição com equipes de base.

A primeira fase do sub-18, que termina no dia 6/2, será toda em Sorocaba (SP), e a fase final, com decisão programada para dia 21/3, em Criciúma (SC). Os jogos terão exibição na plataforma MyCujoo, e você pode conferir a tabela aqui. A edição referente a 2021 deve ocorrer entre 6 de julho e 10 de outubro.

Bahia

Solange orienta atletas do sub-18 do Bahia (Imagem: Sócio Digital/ EC Bahia)

As Meninas de Aço estão no Grupo B com Palmeiras, Coritiba e Internacional. A equipe sub-18 foi recentemente montada e tem a coordenação técnica de Solange Bastos, baiana de Feira de Santana e ex-zagueira da seleção feminina. A treinadora disse que a maior expectativa para o torneio é colocar as atletas para jogar, já que muitas nunca participaram de uma competição oficial.

“Essa é uma oportunidade que eu não tive. Eu mal tinha com o que me alimentar, quanto mais disputar um campeonato nacional de base pelo Bahia. Então eu disse que esse era o momento delas jogarem, aproveitarem. E a gente vai prestar atenção com o que acontecer em campo e corrigir a partir dali”.

Solange, que foi veterana de Duda Luizelli (ex coordenadora da base do Internacional e atualmente diretora da CBF) e Tatiele Silveira (técnica que jogou no Internacional) aponta que equipes que apostam na base há muito tempo largam na frente.

“A Duda trabalha com base há 20 anos. As meninas, mesmo muito jovens, são extremamente técnicas. A Tatiele era minha juvenil quando eu joguei, a Patrícia (Gusmão), treinadora do Grêmio, era minha juvenil. Então o Inter trabalha com base há muitos anos, é uma cultura, e acho que essa vai ser nossa principal dificuldade.”

Ceará

Erivelton Viana é o técnico da equipe sub-18 feminina do Ceará (Foto: Pedro Chaves/CearaSC)

As meninas do Vozão estão no Grupo F ao lado de Vasco, Ferroviária-SP e Minas Brasília-DF. O Ceará apostou em mais um ídolo da torcida para comandar uma equipe feminina: Erivelton Viana, ex-zagueiro do clube, é o treinador da equipe feminina sub-18 – Sérgio Alves é o do time principal.

A equipe de base encerrou nesta segunda-feira, (25), a preparação para a estreia no Brasileiro da modalidade. O treinador Erivelton Viana comandou treino técnico-tático na Cidade Vozão, em Itaitinga (CE). As meninas do Vozão viajam nesta terça-feira (26), rumo a Sorocaba, em São Paulo, onde estreiam contra o Vasco na quarta-feira (27).

Fortaleza

Renata Costa (ou Kóki) integra comissão técnica das Leoas (Foto: Allana Alvez/ Fortaleza EC)

As Leoas do Pici estão no Grupo E, com Botafogo, Flamengo e Goiás – o Fortaleza foi outra equipe que alegou ter tido dificuldade com a montagem do elenco. Igor Cearense, treinador do time principal, inicialmente comandaria também a equipe sub-18. Porém, o auxiliar Adriano Cearense recebeu chance como técnico e está à frente do time de base.

“Foi um desafio formar uma equipe em 25 dias praticamente, mas conseguimos com o trabalho de toda comissão. Nosso objetivo é formar uma equipe pra competir e não só participar, apesar de ser a primeira vez. Graças a Deus hoje estamos prontos para a competição, fomos buscar algumas atletas fora do estado com indicações do professor Igor Cearense e a consultora Renata Costa. Ambos têm um conhecimento muito grande do futebol feminino e agora estamos focados primeiro em classificar nessa fase em Sorocaba e pensamos, sim, em chegar numa final”, disse Adriano Cearense.

Para antecipar o entrosamento e o amadurecimento da equipe de base, a comissão técnica do Fortaleza apostou em atividades com a equipe principal para reforçar os treinos tradicionais.

“Apesar do tempo ser curto para as atividades, conseguimos alcançar o que nós tínhamos planejado em treinamentos táticos, técnicos, e as atletas evoluíram a cada treino para encaixar no sistema de jogo que nós planejamos. Fizemos amistoso e vários coletivos com o adulto e a resposta foi positiva graças a Deus”, completou o técnico.

Vitória

Equipe sub-18 feminina treina no Barradão (Foto: Lucas Grillo/ EC Vitória)

As Leoas da Barra estão no grupo C, ao lado de Santos, Sport e Atlético-MG. Quarto colocado no sub-16 em 2019, o Vitória aposta numa base experiente para fazer um bom campeonato. Boa parte dessa equipe jogou a Série A1 em 2020 e segue para o Brasileiro Sub-18.

Mesmo queimando etapas na temporada passada, o que culminou no rebaixamento das Leoas para a Série A2, o técnico Lucas Grillo – o mesmo da equipe principal – acredita que, dessa vez, as jogadoras recém-chegadas para compor o elenco terão uma formação mais completa e, por isso, a equipe como um todo sai ganhando.

“Temos uma boa base, realmente, que fez parte do grupo que jogou a A1 numa campanha de superação. Realmente, eram meninas muito novas contra jogadoras experientes, mas elas deram o melhor de si e jogaram dentro das limitações do próprio campeonato. Acho que podemos, sim, fazer um bom campeonato. Temos no nosso grupo o Santos, atual campeão paulista, mas respeitamos todas as equipes. Eu nunca prometo títulos, independentemente da força ou do talento das minhas equipes. Eu prometo apenas que nós vamos jogar da melhor forma possível, e isso eu posso garantir”, disse Grillo.

Para o técnico, que comanda tanto a base como a equipe principal, este torneio é uma boa forma de já preparar as meninas do sub-18 para competições profissionais.

“Nosso objetivo com as divisões de base é de formar atletas para a equipe principal. Claro que, vez ou outra, perdemos uma atleta, principalmente para o Sul e Sudeste. A gente não entra pra perder, entra para disputar e consequentemente brigar pelo título. Mas é um passo por vez, primeiro fazer um bom campeonato, ajudar no amadurecimento das nossas atletas para que elas possam subir para a equipe principal ou servir a seleção brasileira de base.”

Nós também entramos em contato com Sport e São Francisco para saber da preparação para o Brasileiro Sub-18, mas não obtivemos retorno.

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