A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou nesta quinta-feira (4) o meia Ramírez, do Bahia, por injúria racial devido a acusação feita pelo volante Gerson, do Flamengo, em jogo válido pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Na ocasião, o jogador do clube carioca acusou o colombiano de ter dito “cala boca, negro”, durante uma discussão na partida. Versão desmentida pelo atleta do Bahia, que alega ter dito “Joga rápido, irmão”. O inquérito vai para o Ministério Público, que decidirá então se apresentará denúncia.
Além de Gerson e Ramírez, foram ouvidos na investigação outros personagens presentes no jogo, como os jogadores Natan e Bruno Henrique, ambos do Flamengo, além do técnico Mano Menezes, então no Bahia. A conclusão da Polícia Civil é de que a versão do atleta do Flamengo é verdadeira.
Além da esfera criminal, o caso é analisado pelo Superior Tribunal da Justiça Desportiva. Gerson e os outros jogadores do Flamengo dariam depoimento na quarta-feira, mas não compareceram. O inquérito vai seguir sem a declaração dos atletas rubro-negros.
Nota oficial
Após o indiciamento da Polícia Civil, o Bahia se pronunciou via nota oficial, em tom crítico. No texto da nota, a diretoria do Tricolor diz que a decisão não causa surpresa “tendo em vista as manifestações públicas preliminares da delegada do caso à imprensa especializada.”
O Bahia diz ainda que teve acesso aos depoimentos do inquérito e que, baseado nisso, a decisão de indiciar Ramirez é “absolutamente despida de qualquer fundamentação probatória”.
Confira, na íntegra, a nota do Bahia
O Esporte Clube Bahia vem a público lamentar o indiciamento do meia-atacante colombiano Indio Ramírez pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, muito embora a notícia não cause surpresa, tendo em vista as manifestações públicas preliminares da delegada do caso à imprensa especializada.
“Nosso jogador”. Assim ela se referiu ao volante Gerson, do Flamengo, responsável pela acusação – e que não compareceu ao depoimento perante a Justiça Desportiva -, indicando espectro de notória parcialidade.
O clube teve acesso à integralidade dos depoimentos colhidos no inquérito e pode afiançar à sociedade e à torcida tricolor que a decisão foi absolutamente despida de qualquer fundamentação probatória.
Em todos os momentos do episódio, o Bahia se comportou em busca da verdade dos fatos, sem desmerecer a palavra de Gerson, mas também considerando a presunção de inocência do seu atleta e a necessidade de se produzir prova robusta e incontestável.
Sem a apresentação de fatos novos, conforme aguardamos por mais de um mês, a diretoria tricolor seguirá apoiando Ramírez e tem convicção de será feita Justiça, ao tempo em que reafirma a sua posição de clube expoente da luta antirracista no futebol brasileiro.
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