Diante do ABC, o Santa Cruz sofreu mais uma derrota na temporada, desta vez por 1 a 0. Alvo de críticas por parte da torcida, o esquema montado com três zagueiros não vem agradando, nem passa confiança. O Tricolor se mostra lento dentro de campo, com uma saída de bola que demora e que fica muito retida nos pés dos zagueiros. Além disso, o meio não se encontrou e a criatividade ainda não tem sido o que já se mostrou na última temporada.
Na visão do auxiliar técnico do Santa Cruz, Bazílio Amaral, o que afeta o modelo de jogo proposto é a falta de peças de maior velocidade e capacidade de infiltração pelos lados do campo. Além disso, ressaltou que o esquema vem sendo mantido para dar maior sustentação defensiva enquanto o lateral Leonan está lesionado.
“Acho que falta um pouquinho de velocidade pelos lados. Estamos com uma proposta de três zagueiros. E não é somente porque é o modelo de jogo do João, a gente trabalha, independente da plataforma de jogo, a pressão pós-perda, a compactação, a questão de estar invertendo os lados. Isso pode ser em qualquer esquema. O importante é que estamos com três zagueiros porque estamos com uma deficiência no elenco ainda na lateral esquerda. O Leonan está lesionado, estamos dando oportunidade ao Eduardo, garoto da base, e improvisamos o Balotelli nesse jogo também e no outro contra o Vitória. Então ainda estamos em uma situação em que, nessa posição, precisamos deixar o time mais seguro com três zagueiros”, disse o auxiliar técnico do Santa Cruz.
Ou seja, de acordo com a fala de Bazílio, há a possibilidade de que o padrão com três zagueiros seja alterado no Tricolor com o encaixe dos reforços no time. A falta de velocidade pelos lados pode ser resolvida com a entrada de um jogador mais agudo, que leve para cima do adversário, busque o drible e dê opção na frente. Um dos reforços recém-trazidos pelo Santa Cruz, o lateral e ponta Quinonez, tem essa característica. Porém, do lado direito ainda faltam mais opções para brigar por posição com Augusto Potiguar.
“Quando fazemos isso, temos a necessidade de deixar o time mais rápido pelos lados, de ter amplitude e profundidade, e infelizmente isso não está acontecendo. Temos jogadores construtores por dentro, o Chiquinho, Paulinho e Didira, que estão construindo por dentro, só que não fazem infiltração. Precisamos de infiltração pelos lados e isso, infelizmente, não conseguimos fazer com constância como a gente gostaria, mas entendemos que com a chegada dos reforços, com jogadores de velocidade, entendemos que isso pode melhorar”, concluiu o auxiliar do Santa Cruz.
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