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Em live do Podcast 45, Dado destaca envolvimento do elenco: “Vestem a camisa”

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O técnico Dado Cavalcanti ainda não teve muito descanso após a conquista do tetra da Copa do Nordeste pelo Bahia e nem terá porque a equipe enfrenta o Guabirá pela Sul-Americana, na quinta-feira (13), na Bolívia. Mas, antes, o treinador participou da live na Twitch da Copa do Nordeste com a equipe do Podcast 45 Minutos ainda para a falar do título e destacou o envolvimento do elenco do Esquadrão com o clube, que foi importante para o resultado contra o Ceará.

“Os jogadores compraram demais a nossa ideia. Faltava o detalhe que veio na final. Sempre fomos muito fortes internamente, faltava a força externa e a sintonia com o torcedor, que na pandemia é difícil. Faltava esse plus de sentir, ter o torcedor ao nosso lado. Mas tivemos essa unidade. Não a comissão com os jogadores, mas, sim, a comissão e os jogadores com o clube. Os atletas vestem verdadeiramente a camisa do Bahia. Os discursos internos são espontâneos, falando do Bahia e não da gente, jogador ou comissão. Não somos nós, é o Bahia. Foi bacana viver isso. E quando explodiu, sabia que iríamos chegar”, destacou o comandante tricolor.

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Apesar da derrota na partida de ida por 1×0, em Pituaçu, Dado Cavalcanti afirmou que manteve a confiança de que o resultado seria revertido. Para o treinador, o ambiente do clube contribuiu para que o Bahia atingisse o objetivo ao derrotar o Ceará por 2×1 no tempo normal e por 4×2 nos pênaltis, no Castelão.

“Não quero transparecer arrogância e prepotência, mas eu tinha convicção da nossa conquista. Internamente, claro, porque isso não se expõe. Não vou ser oportunista para falar que tinha certeza. Mas o nosso ambiente é muito bom, a nossa relação, dinâmica e a harmonia da comissão técnica. Temos uma expressão que é ‘A salinha é foda’. A salinha é a sala da comissão onde passamos muito tempo. Chegamos às 9h para o treino das 15 e assistimos jogos, treinos e debatemos”, disse o treinador

Confira outros trechos da entrevista de Dado Cavalcanti:

CARREIRA

– É o título de maior repercussão da minha carreira. Não costumo falar em maior título porque muita gente vai ficar chateada e dou muito valor a todas as conquistas, desde o primeiro aos 24 anos na Ulbra. Foi o clube que abriu espaço para o início da minha carreira. Existem até questionamentos por ser o Campeonato Rondoniense, mas vai lá. Abre mão dos teus amigos, família, atravessa o país para desbravar essa barreira que existe em relação ao território. Guardo todos com muito carinho. Mas concordo que tem mais repercussão, dá mais visibilidade ao meu trabalho, mais espaço à torcida e ao clube. Tudo foi mais amplificado.

MUDANÇA DE PATAMAR

– No mercado brasileiro existem muitos rótulos. Mas entendo como natural que colocar a faixa no peito transforma rótulos. Tenho muita convicção no trabalho que realizo. Não tenho nenhum tipo de soberba. Sou humilde, mas tenho convicção no que faço. Entendo que essa conquista vai abrir caminhos, horizontes, mas são rótulos conquistados. Mais lá na frente vamos saber. Estamos apenas há dois dias da final, é tudo muito recente. O que posso afirmar é que não mudei nada nesses dois dias. A condição só o tempo vai dizer. Estou feliz, realizado e temos novos desafios pela frente.

CONHECIMENTO DO CLUBE

– Foi decisivo (para a conquista). Não fosse esse conhecimento, talvez não seria eu o técnico do Bahia. Tanto que a justificativa do Guilherme Bellintani foi de que eu tinha o conhecimento dos jogadores. É um fator determinante e que dá confiança. Mas nem sempre vou ter essa condição.

BASE

– Meu início foi na base. Aprendi muito o que se deve e o que não se deve fazer. Tive a experiência de viver várias funções e, pelo o que vivi, sempre olhei para a base. Aceitei vir para a equipe de transição do Bahia para oficializar o que já fazia em outros clubes como Náutico, Ceará e Paysandu que é trabalhar no profissional com jovens atletas. Quando cheguei no profissional, não tinha o time de transição e fui buscar no sub-20. Fiz um mapeamento de todos os jogadores e ainda tenho até do sub-17, incluindo da transição. E eu tento colocar facilidades. Meu olho para essa molecada é menos criterioso em alguns aspectos para dar confiança. Patrick estreou no Bahia em um jogo contra o Atlético-MG, no Mineirão. Estrearam também Marcelo, com 18 anos, e Luiz Felipe, com 20. Coloquei com a maior tranquilidade como se fosse qualquer outro atleta.

GILBERTO

– Gilberto é um sentimento puro. Ele é muito sensitivo e se desgastou demais no ano passado com tudo o que a gente viveu. Ele foi o que mais sentiu por ser referência. Ele também se cobra demais e somatiza as condições externas. Conheço Gilberto desde a base do Santa Cruz, fui treinador dele. A minha relação vai além de treinador para jogador, é de um amigo, parceiro. Sempre vibrei com as conquistas dele. Então, o momento é esperar. Tivemos uma conquista, um somatório de emoções, lembranças e recordações. Ele até perdeu um pênalti contra o Independiente e começaram a questionar até de forma exagerada. Mas Giba é isso, fala as coisas que pensa e sente. Ele falou, mas vamos dar o tempo. Ele tem contrato até o final do Brasileiro e conto com ele.

CONQUISTA EM CASA

– Ganhar em casa é gostoso demais. Tive algumas conquistas que deixaram familiares e amigos eufóricos, mas é diferente a condição de ganhar em casa. Não só para mim, mas para o elenco que tem muitos jogadores nordestinos. Tem uma importância grande a disputa, a rivalidade e o entendimento do que é o Bahia, a paixão do nosso torcedor e o que representa para as pessoas que estão tão afastadas. A gente se sentiu muito abraçado e prestigiado, mesmo distante.

ELENCO

– Não está fechado, mas não estamos buscando agora. Estamos ser o mais criterioso possível e fazendo com que se fortaleça. Se passarmos de fase na Sul-Americana, vai abrir vagas para inscrição e teremos uma condição de mais reforços. Não em quantidade, mas de qualidade. Para fazer com que nosso nível técnico se eleve porque sabemos que a Série A é um campeonato completamente diferente. Não só pela questão técnica como pela forma de competir.

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