Em jogo com três expulsões e seis gols, Bahia perde do Montevideu e dá adeus à Sul-Americana

A missão era difícil. Vencer um rival direto na briga pela classificação e ainda depender um resultado improvável na Argentina, com um triunfo do Guabirá sobre o Independiente. Mas o Bahia sequer fez sua parte e deu adeus à Copa Sul-Americana na noite desta quarta-feira. Em um jogo movimentado em Pituaçu, com três expulsões e seis gols marcados, o Tricolor foi derrotado por 4 a 2 para o Montevideo City Torque e se despediu da competição continental. Os gols baianos foram marcados por Tonny Anderson e Nino Paraíba. Os uruguaios fizeram com Pizzichillo, Scotto, Allende e Guzmán.

Agora, o Esquadrão volta os olhos para a Série A, que começa já neste sábado, diante do Santos, em Salvador. Na tabela da Sula, o Bahia encerrou sua participação em terceiro lugar do grupo B, com oito pontos conquistados em seis rodadas em disputa.

Bahia marca no primeiro minuto, mas dá espaços, perde Matheus Bahia e leva virada

O primeiro minuto de jogo em Pituaçu parecia esboçar um Bahia dominante sobre o Montevideo City Torque. Um triunfo encaminhado. E não teria como pensar diferente após o gol de Tonny Anderson, em menos de um minuto de partida, após ter recebido passe de Thaciano, que aproveitou lançamento errado do goleiro Guruceaga. Mas não foi assim. Depois do gol, ainda que estivesse apostando na marcação alta e roubadas de bola em velocidade pela esquerda, como novamente chegou com Tony Anderson fazendo ‘dobradinha’ com Nino Paraíba, aos 12 minutos, o Esquadrão cedeu campo para os argentinos. E, pouco a pouco, o rival foi incomodando.

Aos 20, Matheus Clauss precisou operar um milagre para salvar o que seria o gol de empate, defendendo chute à queima roupa de Darío Pereira. Mas, na sequência, não foi possível evitar. Pizzichillo recebeu ótima enfiada na esquerda, invadiu a área e manda uma bomba, no ângulo, para deixar tudo igual em Pituaçu. O cenário do empate, que por si só desestabilizou o time, ainda viria a piorar minutos depois, com a expulsão de Matheus Bahia, e a virada com Scotto, 38 minutos, aproveitando mais uma vez as brechas defensivas do Tricolor.

Bahia empata cedo, mas volta a perder jogador por expulsão e sucumbe

Na volta para o segundo tempo, o Bahia pareceu esboçar uma reação imediata, depois de empatar com Nino Paraíba logo no primeiro minuto de partida, assim como na primeira etapa. Mas, novamente foi castigado e se viu com menos um em campo. Desta vez, Conti, por ter atingido cotovelo na nuca de Darío Pereira. E, a partir daí, a virada de cenário para uma vitória, único resultado possível para o Esquadrão seguir com chances de classificação na Sul-Americana, ficou ainda mais distante.

Sobretudo porque o Montevideo seguiu em cima, criando chances, como ocorreu com Del Prete, aos 16 minutos, e aos 24, mesmo após a expulsão do goleiro Guruceaga, com novo milagre de Matheus Claus, desta vez salvando em cima da linha, com os pés, o chute do próprio Del Prete. Somada à queda de desempenho, o Bahia também contou com a falta de precisão, porque criou grande chance com Maycon Douglas, cara a cara com Fiermarín, que acabara de entrar no lugar de Guruceaga, mas finalizou em cima do arqueiro do Montevideo. E veio a ducha de água fria. Irreversível. Uma após a outra. Depois de Allende fazer o terceiro, Guzmán decretou o adeus tricolor na Sul-Americana.

Ficha do jogo

Bahia 2

Claus; Nino (Renan Guedes), Conti, Luiz Otávio e Matheus Bahia; Patrick, Daniel (Lucas Fonseca) e Thaciano (Oscar Ruiz); Rodriguinho, Rossi (Maycon Douglas) e Thonny Anderson (Juninho Capixaba). Técnico: Dado Cavalcanti.

Montevideo Torque 4

Guruceaga, Pizzichillo, Arismendi, Rak e Teuten; Brun (Fiermarín), Scotto (Guzmán) e Allende (Joaquín Pereyra); Darío Pereira (Cóccaro), Del Prete (Guerrero) e José Alvarez. Técnico: Pablo Marini.

Ouça a partir do minuto 05′: