A insatisfação evidente nas coletivas de Roberto Fernandes pós-jogo não deixa mentir. O técnico repete por várias vezes o mesmo discurso: o de decepção com o desempenho pessoal. De 60,4% de aproveitamento no CRB, seu ex-clube, para surreais 9,5% no Santa Cruz. O pior entre os últimos três treinadores que já passaram pelo Tricolor na temporada 2021.

Brigatti, o primeiro e mais longevo deles – pelo menos por enquanto -, foi quem obteve os melhores números no Arruda – e, ainda assim, com um sarrafo baixo, de 35%. Em dois meses e 13 partidas disputadas, somou quatro vitórias – das cinco que o Santa Cruz, hoje, tem em todo o ano -, três empates e sete derrotas.

Roberto Fernandes, que segue carregando a missão de fazer o Santa Cruz vencer, assim como aconteceu com Alexandre Gallo e Bolívar, sem sucesso, tem dois empates na Série C, diante do Volta Redonda e Jacuipense, e cinco derrotas, sendo a contra o Manaus, no último final de semana, a mais recente delas.

Desabafando na entrevista pós-jogo contra o Gavião do Norte, o técnico reafirmou ‘nunca ter vivido isso na vida’, mas se disse esperançoso para reverter o cenário difícil que o Santa Cruz se encontra na Série C, lanterna do seu grupo e a oito pontos de deixar a zona de rebaixamento. “Ninguém me enterra vivo”, disparou.

“Está todo mundo aqui tentando fazer o melhor. As coisas simplesmente não fluem, não acontecem. É uma coisa surreal. Volto a dizer, nunca vivi isso na minha vida. Estou muito frustrado, estou muito revoltado com tudo isso. Agora é o seguinte: ninguém me enterra vivo não, entendeu? Então para quem luta, há esperança. E eu não vou parar de lutar”, disse.

Números

João Brigatti

13 jogos
4V, 3E e 7D
Aproveitamento: 35%

Alexandre Gallo

3 jogos
1E e 2D
Aproveitamento: 11,1%

Bolívar

6 jogos
3E e 3D
Aproveitamento: 16,6%

Roberto Fernandes

7 jogos
2E e 5D
Aproveitamento: 9,5%