Ainda faltam quatro dias para o fim da Olimpíada de Tóquio-2020, mas, mesmo com quase 100 medalhas a serem distribuídas, o Nordeste já vive, com vantagem, a sua melhor edição de Jogos Olímpicos na história. Um exemplo simples é que, no Japão, os nordestinos já são totalmente responsáveis pelo mesmo número de ouros que tinham trazido em todas as demais 28 Olimpíadas somadas.
O Nordeste já teve participações em diversos ouros, a maioria deles, porém, como parte de esportes coletivos, como o futebol, o vôlei e o vôlei de praia, três dos esportes de maior força no país. Considerando apenas esportes individuais, porém, o recorte nordestino é bem mais curto, com a judoca Sarah Menezes, em 2012, e o pugilista Robson Conceição, em 2016, sendo os únicos campeões da região até então.
Agora, com a entrada de um novo esporte no qual o Brasil tem uma grande força a nível internacional, o surfista Ítalo Ferreira se sagrou como primeiro campeão olímpico da história do surfe. Ele também é o atual campeão mundial da categoria, além de ser o více-líder da atua temporada do torneio.
Além dele, o Brasil também conseguiu seu primeiro ouro na natação feminina, com Ana Marcela Cunha. Pentacampeã mundial e campeã pan-americana na maratona aquática, Ana Marcela superou as frustrações das últimas edições dos Jogos para garantir o ouro ao fim dos 10km em mar aberto.
Só com isso, já seria o suficiente para termos a melhor campanha nordestina na história, duplicando o total de ouros já conseguidos anteriormente.
Além desses ouros, o Brasil também conseguiu uma medalha inédita em um peito nordestino. Dessa vez, é a atleta brasileira mais jovem a conseguir um pódio na história, a skatista Rayssa Leal, a Fadinha. Quebrando recordes, a jovem já tinha duas medalhas no mundial do esporte e, nos Jogos, garantiu a primeira medalha brasileira na disputa feminina na categoria street.
Com essas três medalhas já definidas, o Nordeste ainda tem outras duas cuja cor ainda não se sabe, com os pugilistas Bia Ferreira e Hebert Conceição, que disputam a semifinal dos respectivos torneios olímpicos e já tem, ao menos, uma medalha de bronze garantida.
Com este cenário, o Nordeste voltará de Tóquio com, ao menos, cinco medalhas. Esse total também é suficiente para superarmos o recorde total de medalhas da região, que era da Rio-2016, com quatro pódios 100% nordestinos, em uma conta que envolve tanto as conquistas individuais, quanto as duplas inteiramente nordestinas.
Além dessas, o Nordeste ainda segue na disputa por outros pódios. Isaquias Queiroz, três vezes medalhista no Rio, busca uma medalha na canoagem velocidade C1 1000m nos dias 06 e 07. O dia 06 também será decisivo para Érica Sena, que disputará os 20km da marcha atlética. No mesmo dia, Kawan Pereira salta da plataforma de 10m buscando fazer história nos saltos ornamentais.
Medalhas 100% nordestinas
TÓQUIO-2020 (2🥇 | 1🥈 | 0🥉)
OURO – Ítalo Ferreira (Surfe) – Baía Formosa/RN
OURO – Ana Marcela Cunha (Maratona Aquática) – Salvador/BA
PRATA – Rayssa Leal (Skate Street) – Imperatriz/MA
INDEFINIDA – Bia Ferreira (Boxe) – Salvador/BA
INDEFINIDA – Hebert Conceição (Boxe) – Salvador/BA
RIO-2016 (1🥇 | 2🥈 | 1🥉)
OURO – Robson Conceição (Boxe) – Salvador/BA
PRATA – Isaquias Queiroz (Canoagem C1 1000m) – Ubaitaba/BA
PRATA – Queiroz/Souza (Canoagem C2 1000m) – Ubaitaba/BA e Ubatã/BA
BRONZE – Isaquias Queiroz (Canoagem C1 200m) – Ubaitaba/BA
LONDRES-2012 (1🥇 | 0🥈 | 2🥉)
OURO – Sarah Menezes (Judô) – Teresina/PI
BRONZE – Yane Marques (Pentatlo Moderno) – Afogados da Ingazeira/PE
BRONZE – Adriana Araújo (Boxe) – Salvador/BA
PEQUIM-2008 (0🥇 | 1🥈 | 0🥉)
PRATA – Zé Marco/Ricardo (Vôlei de Praia) – João Pessoa/PB e Salvador/BA
TOTAL (4🥇 | 4🥈 | 3🥉)
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