O mau tempo impediu qualquer sombra de qualidade no jogo entre Brusque e Vitória, na tarde desta sexta-feira, no interior catarinense. Com um gramado completamente encharcado, principalmente na etapa final, o Leão não conseguiu impor seu jogo e viu um rival mais articulado, sabendo como buscar algo nas condições adversas. Isso até rendeu duas bolas quadricolores na trave, mas não rendeu gols, com o jogo terminando no 0 a 0.
No segundo tempo, inclusive, chegou a haver pressão pela paralisação do jogo, principalmente nos primeiros minutos, quando havia registro de raios próximos ao estádio, mas o árbitro Dewson Freitas da Silva optou por seguir com o jogo. Isso, inclusive, não seria inédito para o Vitória, que viu o jogo contra o Vasco, no Barradão, ser interrompido por uma hora por causa das chuvas há pouco mais de um mês.
Como fica?
Com o empate, Brusque e Vitória seguem em 14º e 17º, com 28 e 24 pontos. Isso mantém os soteropolitanos no Z4 e deixar o Quadricolor com chance de ficar a apenas uma posição da zona. Agora, o Leão volta a jogo às 19h da quarta-feira, recebendo o líder Coritiba, enquanto os catarinenses jogam no mesmo horário, mas um dia antes, visitando o Sampaio Corrêa.
Primeiro tempo
O gramado do Augusto Bauer impedia qualquer construção de jogo pelo lado esquerdo do ataque catarinense e direito do rubro-negro – com o campo do Vitória aparentando situação um pouco pior. Assim, com melhor uso do jogo elevado e uma faixa mais seca para jogar, o Brusque era quem ditava o ritmo do jogo.
Com total domínio da posse de bola, o Brusque via um Vitória que se propunha a um jogo de contra-ataque, mas não conseguia aplicar velocidade em suas jogadas por conta das várias poças, que travavam as jogadas rasteiras.
Nesse cenário, poucas chances reais de gol foram criadas. O Brusque até conseguiu chegar mais vezes à área adversária, mas, na prática, cada time só conseguiu dar um chute certo ao longo de toda a etapa.
Segundo tempo
Na saída dos vestiários, os jogadores encontraram uma chuva ainda mais intensa que a vista no primeiro tempo, além de ventos mais fortes, temperatura mais baixa, trovões e relâmpagos. Isso gerou um gramado ainda mais prejudicado, com poças em todos os setores, praticamente impedindo construção de jogada em qualquer bola rasteira.
Sabendo usar melhor o recurso das bolas altas, o Brusque conseguia ter uma precisão de passe próxima aos 70% (um número já bastante baixo), enquanto o Vitória sequer chegava aos 50% – tendo mais passes errados que certos no jogo. Isso permitia que o Quadricolor encontrasse melhor as suas oportunidades e visse um Leão quase sem aparecer na área adversária.
Mesmo nessa condição mais complicada de jogo, foi nesse segundo tempo que o Brusque conseguiu suas melhores chances. Aos 14 minutos, Zé Mateus recebeu por trás da defesa e acertou o travessão. Aos 26, a chance veio com Thiago Alagoano, após uma poça matar a defesa do Vitória e deixar a bola livre no meio da área. Dois minutos depois, outra bola na trave, dessa vez em cabeçada de Edu. Mesmo com as boas chances, porém, a bola não entrou e o 0 a 0 se manteve até o apito final.
Ficha do jogo
Brusque 0
Zé Carlos; Toty, Claudinho, Everton Alemão e Airton; Zé Mateus, Rodolfo Potiguar e Marlone (John Cley); Thiago Alagoano, Maurício Garcez (Bruno Alves) e Edu. Técnico: Waguinho Dias.
Vitória 0
Lucas Arcanjo; Van, João Victor, Thalisson Kelven e Roberto; Pablo Siles, Fernando Neto (João Pedro) e Cedric; David (Caíque Souza), Marcinho e Samuel. Técnico: Wagner Lopes.
Local do jogo: Estádio Augusto Bauer, em Brusque-SC
Árbitro: Dewson Fernando Freitas da Silva (PA)
Assistentes: Marcio Gleidson Correia Dias (PA) e Helcio Araujo Neves (PA)
Cartões amarelos: Samuel, Pablo Siles, Marcinho (VIT)
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